O uso da farda pelos militares simboliza a autoridade militar e, segundo o procurador, pode ser vedado para militares inativos que tenham uma conduta considerada ofensiva à dignidade da classe. A utilização da farda pelo tenente-coronel na audiência da CPMI o colocou como representante das Forças Armadas, o que pode ter implicação na imagem da instituição.
No ofício enviado ao Comando do Exército, o MPM ressalta que a justificativa para a presença de Cid na CPMI não envolvia o Exército, mas sim suas condutas individuais, tornando desnecessária a orientação para o uso da farda na ocasião.
Durante a audiência da CPMI, Mauro Cid optou por permanecer em silêncio, alegando seu direito de não responder a perguntas que o incriminassem, conforme decisão proferida pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). A presença fardada do militar chamou a atenção e gerou questionamentos, o que culminou no pedido de explicações do MPM.
As investigações sobre o suposto plano golpista e outras ações criminosas relacionadas a Mauro Cid estão em andamento, e a solicitação do Ministério Público Militar ao Comando do Exército busca trazer mais esclarecimentos sobre o comportamento do tenente-coronel na CPMI do 8 de janeiro. A repercussão desse caso pode ter implicações significativas nas relações entre as Forças Armadas e o Congresso Nacional, e a sociedade aguarda respostas sobre a conduta do militar e o possível envolvimento de instituições militares nos acontecimentos investigados.