Depois de tantos crimes de Bolsonaro, não me lembro do PGR tê-lo intimado para alguma coisa. Entretanto, contra aqueles que cumprem o papel do MP de investigar, ele cumpre seu papel de intimidação. É um pouco mais que advogado de defesa do Presidente: é um serviçal!
Com esta postagem em suas redes sociais, na manhã desta quinta-feira (3), o senador Randolfe Rodrigues voltou a ter mais um de seus famosos ‘ataques de nervos’.
O motivo do ataque ao Procurador Geral da República, Augusto Aras, foi o descontentamento do senador ‘DPVAT’ com a notícia de que o órgão está investigando um possível acesso e divulgação de dados sigilosos pelos senadores Omar Aziz e Renan Calheiros, durante os trabalhos da CPI da Covid, realizada no senado entre maio e outubro do ano passado, na qual o primeiro foi o presidente, e o segundo, o relator.
Como já foi veiculado pelo JCO, os parlamentares foram intimados por Aras para dar explicações e devem depor à Polícia Federal.
Falas contra aqueles que considera como seus opositores ou contra os que simplesmente não fazem ou dizem exatamente o que ele quer, já estão se tornando uma rotina no dia a dia de Randolfe Rodrigues.
Entre suas vítimas preferidas, o presidente Jair Bolsonaro, e nem é preciso ir longe para flagrar esses momentos, que em nada condizem com a postura de um senador da República.
No último dia 31 de janeiro, o parlamentar xingou Bolsonaro, após tomar conhecimento de que a justiça concluiu que o presidente não cometeu qualquer crime no caso da vacina indiana Covaxin:
Não bastasse desmoralizar as instituições, agora Bolsonaro esculhamba a Polícia Federal. Precisamos tirar esse MALOQUEIRO da Presidência esse ano! Vamos pedir a convocação do Ministro da Justiça e do diretor da PF p/ prestar esclarecimentos no Senado, escreveu Randolfe.
E se o leitor fizer uma rápida ‘viagem’ pelas páginas sociais de Randolfe Rodrigues, irá encontrar ainda muitas outras declarações e ataques.
Liberdade de expressão, dirão alguns. Sim, com certeza, concordamos. Mas ficaria ainda mais justo se houvesse um único peso e uma única medida, assim não teríamos acompanhado a prisão de um deputado federal, que até hoje ainda sofre com medidas cautelares que o proíbem, por exemplo, de ‘utilizar as redes sociais’, por ter feito uso dessa mesma liberdade.