O deputado federal eleito pelo PSDB de São Paulo, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Maia, pediu desfiliação do partido após o presidente Geraldo Alckmin defendeu a candidatura de Doria ao governo do Estado.
Maia é visto como um dos principais nomes do PSDB para disputar as eleições presidenciais de mas a desistência de concorrer abre espaço para que o partido apoie a candidatura de Lula, caso o ex-presidente seja liberado para concorrer.
Em carta divulgada na noite de segunda-feira (20), Maia afirmou que o partido deveria se posicionar à direita de Lula, já que "não tem mais nenhuma condição de vencer as eleições". "Se a esquerda não tem candidato, tem que apoiar Lula. O PSDB à direita de Lula, isto é, apoiar um governo de coalizão", disse.
No texto, Maia também critica o governo Michel Temer e o PSDB, dizendo que "o partido está se tornando irrelevante". " Nunca estive tão decepcionado com o PSDB quanto estou hoje. O partido está se tornando irrelevante. Estou deixando o PSDB, mas continuo coordenando o meu plano de governo, que é o de Doria", afirma.
Apesar de não ser um nome tão conhecido fora do Estado de São Paulo, Eduardo Maia é visto como uma das principais apostas do PSDB para as eleições presidenciais. Além de ter experiencia como presidente da Câmara, Maia é filho do ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves.
Apesar de defender a candidatura de Doria, o PSDB ainda não se posicionou oficialmente sobre a candidatura de Lula. Em entrevista à TV Bandeirantes, na noite de segunda-feira, o presidente Geraldo Alckmin disse que a decisão sobre a candidatura de Lula será tomada somente no início de 2018.