Um vídeo do início da década de 90, no qual o cantor e compositor sul matogrossense Almir Sater criticava a tentativa de influência de países europeus e ONGs internacionais na gestão ambiental no Brasil, voltou a circular nas redes.
O renomado artista que, além de músico, também atuou em novelas como Pantanal, levada ao ar na extinta TV Manchete, já apontava, naquela época, para uma realidade que só os brasileiros conheciam sobre nossos principais biomas, como o Pantanal e a Amazônia.
Um verdadeiro emaranhando de situações onde o meio ambiente importava, sim, mas só depois da resolução de questões sócio-econômicas:
"Acho que a pobreza é o maior perigo para o meio ambiente. Como convencer o pai de família a não vender esse pau aqui (apontando para a árvore) por 200 reais e deixar o filho dele morrer de fome? Não tem argumento para isso, não tem lei ou polícia que fiscaliza um mundo como a Amazônia e o Pantanal", disse Sater, ressaltando a importância de conscientizar a população para a preservação, mas também de dar condições de sobrevivência a essas famílias.
“Você compra uma área hoje de mil hectares e paga por mil hectares, só que 200 hectares você não pode mexer, é uma reserva. Você tem que cuidar, mas não pode fazer nada e paga por ela. Então, o produtor é que está arcando com o custo da conservação do oxigênio no planeta.
Isso é muito fácil falar, quando você fala para os outros. Vai você pegar 20% do seu patrimônio e deixar guardado. Vê se os americanos dão 20% do PIB deles para segurar o ar do planeta. Não fazem isso e vem nos criticar aqui.
Eles acabaram com tudo lá na Europa, na América e vem falar pra gente como não fazer. Nós sabemos bem como não fazer. É só olhar como eles fizeram.
Desde então, já se passaram três décadas e nada mudou.
Algo que o presidente Jair Bolsonaro tem repetido, incansavelmente, desde muito antes de assumir a cadeira do mais importante cargo político do país: preservar o meio ambiente é essencial, desde que se preserve também a dignidade humana.
Assista: