A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática da Polícia Civil do Rio concluiu nesta terça-feira, 28, uma investigação que prova em definitivo que a acusação feita pela vereadora trans Benny Briolle, do PSOL da cidade de Niterói, é falsa.
O tal 'email', que tomou conta da velha mídia, não partiu dos servidores da Alerj.
A mensagem teria sido enviada no dia 25 de maio, e no cabeçalho do print entregue à imprensa, havia o remetente de e-mail oficial do deputado Rodrigo Amorim.
Na sexta-feira, tanto Amorim quanto Briolly foram à Polícia Civil. O deputado foi entregar na DRCI uma autorização por escrito para quebra de sigilo de todos seus dados na internet. Já Briolly, foi registrar o caso na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), mas seu comportamento, segundo Amorim, não teve a mesma transparência.
"Os investigadores da DRCI pediram acesso ao email citado, mas o advogado do vereador Benio impediu", diz Amorim, que só se refere a Benny pelo nome e pelo gênero masculino.
"Já achava estranho que o e-mail enviado em 24 de maio só fosse denunciado um mês depois, mas a mídia de esquerda não questionou. Agora, ele impede acesso dos investigadores e ainda diz que vai contratar uma 'perícia particular'...", acrescentou.
O conteúdo do e-mail citava a ex-vereadora Marielle Franco, morta em 2018, e o presidente Jair Bolsonaro (PL). A vereadora disse que o parlamentar teria se referido de forma ofensiva a Marielle, admitido que quebrou a placa com o nome da vereadora e que, por ser aliado político do presidente, não teria sido punido por seus atos.
"É absolutamente impensável que eu escrevesse uma idiotice dessas. Todo mundo sabe que o presidente Bolsonaro não impede punição de ninguém que esteja errado, e nem era o caso, já que ilegal era a placa, e não meu ato", disse o deputado.
Agora o deputado deve pedir à delegacia que seja investigado quem é o autor do texto enviado para a vereadora, e deve processar parlamentares do PSOL por difamação e imputação falsa de crimes.
Confira: