Encerra hoje o prazo para que PL explique a Fachin gastos com propagandas a favor de Bolsonaro


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que foi indicado ao cargo durante o governo de Dilma Rousseff e foi o responsável pela anulação das sentenças de Lula (PT) na "Lava-Jato", determinou que o Partido Liberal, ao qual pertence Jair Bolsonaro (PL), explique por que gastou R$ 742 mil para divulgar o lançamento da pré-candidatura do conservador ao Planalto.

Fachin, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acatou uma ação na corte proposta por partidos de oposição (PT, PCdoB e PV) na qual os adversários alegavam ser suposta propaganda partidária antecipada.

A frustração dos opositores foi em virtude do jingle da campanha do conservador, "Capitão do Povo", ter sido impulsionado no YouTube. A música de Bolsonaro teve 81 milhões de visualizações e deixou a esquerda em polvorsa.

Na sua decisão, o magistrado, que já fez campanha pro PT na Universidade Federal do Paraná, argumentou que é necessário uma análise detalhada sobre o caso.

- Faz-se imperioso, portanto, oportunizar a prévia manifestação do representado, estabelecendo-se o contraditório, inclusive para que seja viabilizada a possibilidade de justificação acerca da origem dos recursos financeiros despendidos com o impulsionamento dos conteúdos na plataforma do YouTube nos dias 22 e 23 de julho de 2022 - disse.

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