O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou, nesta quinta-feira (13), que nem Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nem a Polícia Federal poderão investigar institutos de pesquisa, que foram flagrados divulgando pesquisas eleitorais totalmente fora da realidade do resultado das urnas no primeiro turno destas eleições.
Para embasar sua negativa, Moraes alegou que os órgãos estariam "usurpando" um poder que é da corte eleitoral e que, por isso, estão impedidos de dar prosseguimento ao inquérito. O magistrado não comentou, porém, se o TSE fará alguma investigação sobre o caso; visto que os levantamentos do Ipec, Ipespe e Datafolha se mostraram tendenciosos para o candidato de esquerda Lula (PT) e afirmavam que ele tinha uma margem de vantagem de 14 pontos frente ao principal adversário Jair Bolsonaro (PL).
Ao final do primeiro turno, ficou constatado que a diferença era de cinco pontos percentuais, bem diferente da margem de erro permitida na legislação.
Moraes e mais sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram indicados ao cargo durante as gestões do PT-MDB e se revezam na presidência do TSE, órgão que organiza, coordena e faz a contagem dos votos no Brasil.