O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, discordou da maioria dos colegas - incluindo Alexandre de Moraes - e afirmou ser desproporcional a suspensão das redes sociais do Partido da Causa Operária (PCO).
A legenda de esquerda foi derrubada no Instagram, Facebook, Telegram, Twitter, YouTube e TikTok, em junho passado, em virtude de críticas a Moraes e ao ativismo do Judiciário. Na época, o partido chamou o ministro de "skinhead de toga" e afirmou haver um plano de "golpe eleitoral" contra o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Em sanha por ditadura, skinhead de toga retalha o direito de expressão, e prepara um novo golpe nas eleições. A repressão aos direitos sempre se voltará contra os trabalhadores!", denunciou o PCO, que ainda teve de pagar multa no valor de R$ 20 mil.
Mendonça concordou com as plataformas que saíram em defesa da sigla de extrema-esquerda e consideraram a derrubadas dos perfis desproporcional e incompatível com a Constituição brasileira. As redes ainda pediram para Moraes indicar as postagens ofensivas e restabelecer as contas. Mas, o magistrado negou a solicitação.
Os únicos ministros a votarem contra a decisão de Moraes foram os indicados de Bolsonaro: Mendonça e Kassio Nunes Marques.