Ex-comandantes da Marinha deixam grupos de Whatsapp expondo “racha” nas Forças Armadas, diz jornal


Ex-comandante da Marinha saiu de grupo de WhatsApp como forma de protesto diante das manifestações de almirantes que vem debatendo os atos que aconteceram em Brasília no domingo (8), além das críticas ao novo comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, que agradeceu a nomeação ao presidente Lula (PT). Já não é a primeira vez que um comandante deixa o grupo, expondo um “racha” nas Forças Armadas. A informação foi publicada pelo jornal Estado de São Paulo.

O primeiro a sair do grupo foi o almirante Eduardo Leal Ferreira. Ilques Barbosa Júnior saiu no sábado (14), segundo o Estadão. Leal Ferreira estava no Comando da Marinha em 2018 e passou para Ilques em janeiro de 2019, logo no começo do governo Jair Bolsonaro.

“Em nenhuma hipótese, nenhuma, concordo com atitudes que comprometem a hierarquia e a disciplina. Em nenhuma hipótese, os fins justificam os meios. Se assim fosse, estaríamos nos igualando a tudo que desacreditamos”, justificou Ilques Barbosa ao sair do grupo. Ele ainda afirmou que “os atos em Brasília e os desdobramentos, que perdurarão no tempo, impõem reflexões profundas, mas, tendo como início os nossos reais altos valores morais e cívicos, é preciso discernimento para impedir a indevida manipulação justamente desses valores”.

Eles participavam de grupos de mensagens diferentes, o que não minimiza esse “racha” que parece ter iniciado desde o término das eleições 2022.



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