Investigações que correm no Supremo Tribunal Federal, comandadas por Alexandre de Moraes, miram o ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro César Cid. Segundo informação publicada pelo jornalista Rodrigo Rangel, do Metrópoles.
As informações foram obtidas após a apreensão do celular do Coronel, em setembro de 2022, que era a pessoa mais próxima de Bolsonaro, na época. Depois da apreensão, o agora ex-presidente chegou a comentar em uma live sobre o fato, afirmando ser absurdo, já que o Coronel era responsável, também, por pagamentos de contas da família.
De acordo com Rangel, existem graves suspeitas sobre a existência de uma espécie de caixa 2 dentro do Palácio do Planalto, com dinheiro que pode ser de saques feitos a partir de cartões corporativos da Presidência e de quartéis das Forças Armadas. Uma função do Coronel Cid, conforme explicamos acima.
O militar compartilhava da intimidade de Bolsonaro, o acompanhando nas agendas oficiais e extraoficiais, além de ser o responsável pelo telefone celular do ex-presidente, atendendo ligações e respondendo mensagens.
A investigação de Moraes aponta para o caixa informal, que era administrado pelo tenente-coronel Cid, com pagamentos de faturas de cartões de crédito. O jornal Folha de S.Paulo publicou uma matéria expondo mensagens de texto, imagens e áudios encontrados no celular de Cid levaram os investigadores a suspeitar das transações financeiras realizadas por ele.
Segundo o Metrópoles, a investigação apontou que Cid centralizava recursos que eram sacados de cartões corporativos do governo além de despesas da família presidencial, como contas pessoas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Foi identificado um padrão na atuação do tenente-coronel: “Dinheiro manejado à margem do sistema bancário. Saques em espécie. Pagamentos em espécie. Uso de funcionários de confiança nas operações”, diz a publicação.
Cid também foi aprontado como um dos homens próximos a Bolsonaro que “atrapalharam” ao aconselhas o então presidente a não assinar o artigo 142. Carreirista das Forças Especiais, mesma classe do General Freire Gomes, Cid alegava temer a prisão de Bolsonaro caso aplicasse uma GLO sem o total apoio do General Freire Gomes.