O salário prometido pelo partido PL para o presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro está condicionado à liberação das contas do partido pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que foram bloqueadas para garantir o pagamento de uma multa de R$ 22,9 milhões imposta pelo ministro após o PL questionar o resultado da eleição presidencial de 2022.
Enquanto Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde dezembro, recebeu a promessa de um salário mensal de cerca de R$ 39 mil para atuar como líder da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Michelle foi escolhida para presidir o “PL Mulher” e deve receber um salário semelhante ao do marido. Embora já esteja atuando no partido, ela ainda não está despachando fisicamente na sala destinada a ela.
Apesar disso, Bolsonaro não está sem recursos, já que conta com duas aposentadorias, uma da Câmara dos Deputados e outra do Exército, além do direito a até oito assessores e dois carros oficiais como ex-chefe do Executivo.
O PL teve R$ 13,5 milhões de sua conta bloqueados, e apenas R$ 1,1 milhão foi liberado para o pagamento de seus funcionários nos meses de dezembro e janeiro, sem incluir a remuneração de Bolsonaro e Michelle.