Comandante do Exército recebe R$ 770 mil em benefícios da carreira militar
O comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, recebeu em fevereiro e março um total de R$ 770 mil referentes a benefícios da carreira militar e direitos trabalhistas adquiridos ao longo de 42 anos de vida militar. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo.
Segundo o jornal, os pagamentos foram realizados em três parcelas, sendo a primeira em 6 de fevereiro, apenas duas semanas após o general ter sido escolhido por Lula para comandar o Exército. A maior parte dos pagamentos, R$ 388,9 mil, foi referente a férias não tiradas e outros vencimentos inerentes à carreira militar.
Além disso, o general também recebeu R$ 304,1 mil em forma de “ajuda de custo”, um benefício oferecido aos militares quando um oficial ou praça vai para a reserva remunerada. Essa ajuda é destinada a cobrir os gastos com a mudança para a cidade onde o militar passará a residir após a aposentadoria.
Apesar de legal, a quantia recebida pelo comandante do Exército chamou a atenção por se tratar de um valor elevado, especialmente em um momento de crise financeira enfrentada pelo país. Além disso, o recebimento de benefícios por militares tem sido alvo de questionamentos por parte de alguns setores da sociedade.
No entanto, a carreira militar possui regras próprias em relação a direitos trabalhistas e benefícios, o que justifica o valor recebido pelo general Tomás Miguel Ribeiro Paiva. O comandante do Exército possui uma longa trajetória na instituição, tendo ingressado no Exército em 1979, como cadete da Academia Militar das Agulhas Negras.
Em nota, o Exército afirmou que os benefícios recebidos pelo general foram concedidos “em conformidade com a legislação e normas vigentes”. O comunicado também destacou a “relevante trajetória profissional” do comandante e seu “elevado grau de comprometimento com a missão institucional”.
A notícia sobre os pagamentos recebidos pelo comandante do Exército gerou repercussão nas redes sociais e em diversos veículos de imprensa. O site Política Online Brasil acompanhou o caso e divulgou a informação em sua plataforma.