Mulheres diplomatas que apoiaram Lula durante a eleição presidencial manifestaram sua "frustração" em relação ao presidente. O motivo dessa insatisfação está relacionado à suposta prática de preconceito de gênero no Itamaraty por parte do petista.
A Associação das Mulheres Diplomatas Brasileiras, que ficou conhecida por fazer o gesto do "L" em apoio a Lula em 2022, afirmou ter chegado ao seu limite após uma série de nomeações de embaixadores homens para cargos no exterior, especialmente para os postos considerados de maior prestígio na carreira diplomática.
De acordo com a associação, das 47 nomeações feitas por Lula, apenas seis são mulheres, o que corresponde a pouco mais de 10%. Esse descompasso entre as palavras e as ações do governo foi destacado pela entidade em uma nota divulgada recentemente.
No documento obtido pela Revista Oeste, as diplomatas ressaltam o compromisso com a diversidade de gênero assumido pelo chanceler Mauro Vieira ao assumir o cargo. Elas afirmam que, passados quase seis meses de gestão, as mulheres continuam aguardando medidas efetivas que demonstrem um verdadeiro compromisso com a promoção da equidade de gênero e, principalmente, com o respeito à dedicação das mulheres na carreira diplomática brasileira.