Presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende fechamento da maioria dos clubes de tiro e decreta medidas mais rígidas de controle de armas de fogo
Nesta terça-feira (25), durante o programa "Conversa com o Presidente", uma live semanal promovida pela comunicação institucional do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não considera os donos de clubes de tiro como empresários e defendeu o fechamento da maioria desses estabelecimentos. De acordo com Lula, a prática do tiro deve ser restrita aos locais pertencentes à Polícia Militar, Exército ou Polícia Civil, pois são as forças policiais que devem ter lugar para treinar tiro, não a sociedade brasileira em geral.
Essa afirmação veio após Lula ter assinado, na última sexta-feira (21), um novo decreto que busca tornar mais rígido o controle de armas de fogo no país. O decreto estabelece limites mais restritos para caçadores, atiradores esportivos e colecionadores (CACs) em relação à quantidade de armas que podem possuir, além de restringir o uso de determinados calibres.
Durante o programa, o presidente também fez críticas à política armamentista de seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que sua gestão "agradava ao crime organizado" com essa abordagem mais liberal em relação às armas.
No entanto, o novo decreto assinado por Lula não foi bem recebido por todos. Deputados da oposição se manifestaram contra o documento e apresentaram um projeto com o objetivo de anular os efeitos do decreto. O texto, assinado por 53 parlamentares, é liderado por Paulo Bilynskyj (PL-SP) e busca reestabelecer as normas da gestão Bolsonaro, argumentando que o decreto de Lula excede o poder regulamentar e viola o Estatuto do Desarmamento.