Ricardo Lewandowski Elogia Atuação de Alexandre de Moraes e Analisa Cenário Político Atual em Entrevista
São Paulo, 07 de agosto de 2023 - O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, concedeu uma entrevista exclusiva ao jornal Valor Econômico, onde compartilhou suas perspectivas sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes, seu sucessor no STF, e analisou o cenário político atual do Brasil. Com uma carreira de 17 anos no STF, Lewandowski ofereceu insights sobre a importância da defesa da democracia e a necessidade de estabilidade jurídica no país.
Em relação à atuação de Alexandre de Moraes, Lewandowski elogiou a postura e o papel do ministro na defesa da democracia brasileira: "Ele teve um papel relevantíssimo e histórico na defesa da democracia. Exerceu uma grande liderança, capitaneando a Justiça Eleitoral na garantia das eleições. Precisa ser exaltado. Além de ter uma vivência política muito intensa, devido aos diversos cargos públicos que ocupou, ele tem escopo intelectual para tomar as medidas que ele toma."
O ministro aposentado destacou a importância de reconhecer e valorizar a contribuição de Alexandre de Moraes para o país, ressaltando sua liderança no contexto das eleições e sua vasta experiência em cargos públicos. Lewandowski também aproveitou a entrevista para elogiar seu sucessor na Corte, Cristiano Zanin, escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele descreveu Zanin como um "jurista muito equilibrado" que preenche os requisitos constitucionais para ocupar tal posição.
Durante a entrevista, Lewandowski também compartilhou suas reflexões sobre o cenário político brasileiro, especialmente em relação ao movimento político despertado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele enfatizou a importância do pluralismo político em uma democracia e destacou que diferentes correntes ideológicas são bem-vindas, desde que não promovam a ruptura das estruturas institucionais. Ele comentou: "Se o bolsonarismo tiver uma visão política de direita ou até de extrema-direita, mas sem discursos de ódio ou de rompimento das estruturas institucionais, ele pode sobreviver."