Michelle Bolsonaro se Apresenta como Força Política e Critica Governo Lula em Evento do PL
Neste sábado (2), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, agora filiada ao PL (Partido Liberal), participou de um evento fechado do PL Mulher, onde se apresentou como uma força política aos correligionários. Durante o evento, Michelle abordou as investigações em que ela e o ex-presidente Jair Bolsonaro estão envolvidos e criticou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ambos são alvos de investigação pela Polícia Federal (PF) em relação a um suposto esquema de venda de joias ilegais recebidas pela Presidência da República.
O evento, que ocorreu para empossar representantes do PL no Distrito Federal, contou com discursos da ex-primeira-dama, bem como a participação das deputadas federais Bia Kicis (PL-DF), Amália Barros (PL-MT), e da governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP-DF).
Michelle se apresentou como uma mulher "simples" e destacou sua longa trajetória de envolvimento em serviços comunitários em prol de pessoas com deficiência, tanto antes quanto depois de ocupar o cargo de primeira-dama. Ela enfatizou que essa experiência a preparou para a vida política.
A ex-primeira-dama aproveitou o evento para fazer críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, chamando-o de "desgoverno" e comparando-o a um "campo minado", fazendo referência a um provérbio bíblico. Ela ressaltou que, quando um governo justo está no poder, o povo se alegra, mas quando um governo ímpio governa, o povo sofre.
Michelle também destacou a gestão do marido, Jair Bolsonaro, como um período de resgate de valores como amor e patriotismo, além de enaltecer a postura conservadora do governo anterior.
Em relação às acusações e investigações em andamento, Michelle afirmou que está sendo alvo de difamação e de uma tentativa de assassinato de reputação. Ela pediu o apoio das correligionárias do PL para enfrentar essa situação e destacou que estão tentando apagar o legado que construíram.
Este evento ocorre após o casal presidencial optar pelo silêncio em um depoimento simultâneo da PF que também convocou outras seis pessoas para prestar esclarecimentos sobre as investigações. Michelle justificou sua decisão de ficar em silêncio durante o interrogatório, argumentando que o Supremo Tribunal Federal (STF), que supervisiona as investigações policiais, não seria competente para o caso.
Apesar das investigações em curso e da atual situação política, Jair Bolsonaro também esteve presente no evento e, em seu discurso, não fez críticas ácidas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ao invés disso, enfatizou a necessidade de mudanças no Brasil.