Comandante do Exército Defende Cumprimento da Lei na Posse de Lula
Brasília, 25 de setembro de 2023 - O atual comandante do Exército, general Tomás Paiva, saiu em defesa da força terrestre e afirmou que o Exército cumpriu a lei ao garantir a posse do presidente Lula em 1º de janeiro de 2023. Suas declarações surgiram em meio às revelações de que Jair Bolsonaro teria discutido com a cúpula militar um possível golpe para evitar a posse de Lula.
O general Tomás Paiva declarou que o Exército cumpriu seu dever constitucional ao garantir a posse presidencial e que isso foi realizado por meio da Coordenação de Segurança de Área, liderada pelo Comandante da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada de Cristalina (GO).
Essas afirmações surgiram após a divulgação de que Mauro Cid, em delação premiada, alegou que Bolsonaro teria discutido uma minuta golpista em uma reunião com os chefes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica à época. O almirante Almir Garnier Santos, então comandante da Marinha, teria afirmado que suas tropas estavam à disposição para cumprir as ordens do presidente.
O comandante Tomás Paiva também destacou que o Exército não teve acesso às declarações de Mauro Cid, uma vez que elas continuam sob sigilo, determinado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Ele ressaltou que a ideia é aguardar o término das investigações para qualquer avaliação e que só será possível punir os militares envolvidos após a conclusão das investigações, uma vez que a lei estabelece que, em caso de sobreposição de ações judiciais com ações administrativas, as judiciais prevalecem.
Essa declaração do comandante do Exército destaca a importância do cumprimento da lei e a separação entre as esferas militar e política no Brasil. As revelações sobre discussões de golpe têm gerado grande interesse público e pressão sobre as instituições para investigar e esclarecer os eventos em questão.