Oito metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra são recuperadas no Rio de Janeiro
Na tarde desta quinta-feira, 19 de outubro, a Polícia Civil do Rio de Janeiro conseguiu recuperar oito das 21 metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra, localizado em Barueri, na Grande São Paulo. As armas foram encontradas na Gardênia Azul, zona oeste do Rio. Dentre as metralhadoras recuperadas, quatro são do calibre .50 e outras quatro do calibre 7,62 mm. No entanto, ainda permanecem desaparecidas outras 13 armas.
As investigações apontam para falhas administrativas, e dezenas de militares estão sob investigação, incluindo a suspeita da participação de um cabo no furto. Além disso, quatro civis também estão sendo investigados. Um Inquérito Policial Militar foi instaurado e está em andamento de forma sigilosa.
O diretor do Arsenal de Guerra de Barueri, tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa, será exonerado por decisão do comandante do Exército, general Tomás Paiva.
Segundo o general Maurício Gama, as armas furtadas estavam danificadas e não poderiam ser utilizadas pelo Exército. A principal linha de investigação aponta para o desvio das armas com a participação de militares do Arsenal de Guerra de São Paulo.
O general enfatizou que esse episódio é inaceitável e que quem for temporário com envolvimento será expulso, enquanto os militares de carreira serão submetidos a processo administrativo, criminal e disciplinar.
Metralhadoras de calibre .50 são alvos de organizações criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), devido ao seu alto poder de fogo.
A Gardênia Azul, onde as armas foram recuperadas, tradicionalmente era um território ocupado pela milícia e recentemente se aliou ao Comando Vermelho. A área faz divisa com a Cidade de Deus, uma favela que é um reduto do Comando Vermelho e foi palco de eventos recentes relacionados à criminalidade na região.