O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), não compareceu pela segunda vez a uma audiência na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (24). Sua ausência gerou indignação e levou parlamentares a pedir seu impeachment por "crime de responsabilidade".
A falta de Dino na audiência resultou em críticas de parlamentares, que o apelidaram de "fujão". O presidente da Comissão, deputado federal Sanderson (PL-RS), expressou sua insatisfação, afirmando: "Perdoe-me o termo chulo, mas ele c*** para a comissão de Segurança Pública."
Flávio Dino justificou sua ausência por meio de um ofício, alegando que o Ministério da Justiça havia identificado um alto risco de agressões físicas e morais, incluindo ameaças de uso de armas de fogo, por parte dos parlamentares. Ele argumentou: "É verossímil pensar que eles andam armados, o que se configura como uma grave ameaça à minha integridade física, se eu comparecesse à audiência. Lembro, a propósito, que os parlamentares não se submetem aos detectores de metais, o que reforça a percepção de risco, inclusive em razão dos reiterados desatinos por parte de alguns."
O ministro da Justiça se colocou à disposição para participar de uma audiência geral na Câmara e, em suas redes sociais, anunciou que naquela manhã estava participando de uma reunião na Procuradoria-Geral da República (PGR) para discutir questões relacionadas a terras indígenas. Dino enfatizou que está sempre pronto para colaborar para que a Constituição, as leis e a jurisprudência sejam cumpridas em relação a todos os