Ministro Alexandre Silveira, do Ministério de Minas e Energia no governo Lula, disparou críticas contundentes contra a gestão de Romeu Zema, do Novo, classificando-a como "fracassada" e um "período obscuro". Em uma entrevista exclusiva ao quadro Café com Política da FM O TEMPO 91,7, Silveira enfatizou a ausência de ações do governador para resolver as dívidas do Estado, destacando que Zema é o único líder mineiro a não ter pago um centavo da dívida pública, que atualmente atinge a cifra alarmante de cerca de R$ 160 bilhões.
Silveira argumentou que a inatividade de Zema em relação às obrigações financeiras com a União é uma marca negativa na história de Minas Gerais. O ministro, representante do estado no governo federal, expressou preocupação com o impacto desse quadro na situação econômica e fiscal do estado. Ele salientou que a dívida é um fator crucial que exige atenção imediata e ações decisivas para evitar consequências prejudiciais para os mineiros.
Além das críticas à gestão financeira, o ministro abordou outros aspectos que, em sua visão, caracterizam a administração de Zema como falha. Entre eles, estão as políticas públicas insuficientes para impulsionar o desenvolvimento regional e a falta de transparência nas ações do governo. Silveira ressaltou que, em um momento crucial para a recuperação econômica pós-pandemia, é vital que os líderes estaduais adotem medidas eficazes para impulsionar a economia e assegurar o bem-estar da população.
Diante das críticas contundentes do ministro, a resposta do governo estadual não tardou. A assessoria de imprensa de Romeu Zema emitiu um comunicado rebatendo as acusações de Silveira. O texto destaca os esforços do governo para enfrentar os desafios econômicos, argumentando que medidas estão sendo tomadas para reequilibrar as finanças estaduais, embora reconheça a complexidade do cenário atual.
A polarização entre Silveira e Zema reflete as tensões políticas em Minas Gerais, onde as disputas internas ganham destaque. As críticas do ministro não se limitaram apenas à gestão financeira, abrangendo também a condução de políticas energéticas. Silveira expressou descontentamento com a falta de iniciativas inovadoras e sustentáveis no setor de Minas e Energia, setor que ele mesmo lidera a nível nacional.
A análise do ministro ecoa entre diversos setores da sociedade mineira, que, diante da atual situação econômica e fiscal, clamam por soluções concretas. Enquanto alguns apontam a necessidade de reformas estruturais para lidar com a dívida e impulsionar o crescimento, outros defendem uma maior cooperação entre os governos estadual e federal para enfrentar os desafios em conjunto.
A repercussão das declarações de Silveira adiciona mais um capítulo às disputas políticas em solo mineiro. As próximas movimentações e reações dos líderes políticos e da população em geral serão determinantes para compreender o impacto dessas críticas no cenário político do estado e, por conseguinte, na condução das políticas públicas nos próximos meses.