Deputado Luiz Lima Questiona Demora de Eduardo Paes em Lidar com Problemas na Feira de Acari, Alegando Motivações Eleitorais
Nesta terça-feira (23), o deputado federal Luiz Lima (PL-RJ) utilizou suas redes sociais para expressar críticas ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), questionando a demora em reconhecer problemas na Feira de Acari, localizada na Zona Norte do Rio. Lima sugeriu que a ação de Paes, que anunciou a proibição da feira na última segunda-feira (22), é motivada por interesses eleitorais.
O deputado ressaltou a existência da feira por mais de 40 anos e destacou o longo período em que Eduardo Paes está no cargo, aproximadamente 12 anos, questionando por que somente agora o prefeito percebeu "que tinha algo errado". Luiz Lima associou a atitude de Paes a uma estratégia eleitoral, referindo-se ao prefeito como "soldado do Lula" e mencionando sua postura ao beijar a mão da ex-presidente Dilma Rousseff em uma foto compartilhada na postagem.
A crítica de Luiz Lima ocorre após o anúncio de Eduardo Paes de que a Feira de Acari seria proibida de operar. O prefeito, em uma publicação nas redes sociais, alegou que a feira estava repleta de produtos de origem desconhecida. O decreto oficializando a proibição foi publicado no Diário Oficial do Município nesta terça-feira.
No documento, a Prefeitura do Rio afirmou que a feira não era autorizada e citou relatórios de inteligência da Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP) que indicavam conexões da feira com organizações criminosas envolvidas em tráfico de drogas, roubo de carga, furto de energia e contrabando.
O decreto também mencionou dados alarmantes sobre roubos de carga no estado, com base em levantamentos da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Segundo a Firjan, em 2023, 30% dos roubos de carga no Brasil foram registrados no estado, totalizando 3.225 casos. O Rio também sofreu um prejuízo significativo de quase R$ 390 milhões em 2022 devido a esses roubos, conforme apontado pela Federação.
Diante da gravidade das alegações, a decisão de Eduardo Paes de proibir a Feira de Acari ganha relevância não apenas pela segurança pública, mas também pelo impacto econômico dessas atividades ilícitas. As críticas de Luiz Lima, no entanto, sugerem uma interpretação política do acontecimento, questionando a cronologia das ações de Paes em um ano eleitoral.
Enquanto o debate se desenrola nas redes sociais e na esfera política, os moradores e comerciantes da região de Acari enfrentam as consequências da proibição da feira, aguardando mais informações sobre as investigações e as medidas futuras que podem ser adotadas para abordar as questões complexas relacionadas ao comércio local.