Senador Magno Malta pede que ministro Alexandre de Moraes se declare impedido em casos envolvendo atos do 8 de janeiro
O senador Magno Malta (PL-ES) gerou polêmica ao declarar à imprensa que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), precisa se declarar impedido e deixar de julgar os casos envolvendo os atos do 8 de janeiro e as investigações paralelas ao tema.
Moraes autorizou nesta quinta-feira (8) 33 mandados de busca e apreensão, quatro prisões preventivas e 48 medidas cautelares em diversos estados brasileiros. Os mandados foram cumpridos pela Polícia Federal na Operação Tempus Veritatis, focando em ex-ministros e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Isso é um contorcionismo jurídico e virou contorcionismo de narrativas. Coisas requentadas (…) Toda essa narrativa é para chegar em Bolsonaro. Esse é o alvo. Então, as narrativas estão sendo formadas", disse Malta.
O senador também afirmou que a ação contra pessoas próximas de Bolsonaro é uma cortina de fumaça para as decisões que perdoam os envolvidos na Lava Jato, mesmo depois das delações e do dinheiro de corrupção que foi devolvido aos cofres públicos.
"O ministro Alexandre de Moraes não está acima da lei. Ele investiga, ele é o ofendido, ele é o juiz e ele acusa. O alvo era ele [Moraes], ser morto e enforcado, segundo ele, em praça pública, então ele está impedido. Ele precisa se julgar impedido e sair desse processo", declarou Malta.
O parlamentar capixaba pede aos demais ministros do STF que intervenham, porque são ações ilegais.
A declaração de Malta gerou reações diversas na sociedade brasileira e nas redes sociais. Enquanto alguns apoiaram a posição do senador e questionaram a imparcialidade do ministro Moraes, outros criticaram Malta por interferir em assuntos judiciais em andamento.
A Operação Tempus Veritatis, que teve autorização de Moraes, continua sendo alvo de intensos debates e análises políticas. Além das prisões e mandados de busca e apreensão, a operação trouxe à tona questionamentos sobre os limites do poder judiciário e a independência entre os poderes no Brasil.
Diante da crescente polarização política e dos constantes embates entre diferentes grupos, a atuação do STF e de seus ministros tem sido objeto de escrutínio público, com opiniões divergentes sobre a legalidade e a legitimidade de suas decisões.
Até o momento, o ministro Alexandre de Moraes não se pronunciou publicamente sobre os pedidos de Magno Malta, e a expectativa é que o STF avalie as solicitações feitas pelo senador capixaba à luz da legislação e das normas constitucionais que regem o funcionamento do tribunal. Enquanto isso, a sociedade aguarda por mais desenvolvimentos e esclarecimentos sobre os desdobramentos dessas investigações e suas possíveis repercussões no cenário político brasileiro.