Lula volta a gastar com jornais e revistas simpáticos ao governo


Governo Lula Aumenta Gastos em Publicidade Estatal para Conter Queda de Popularidade


Em meio a uma queda acentuada de popularidade, o presidente Lula tomou medidas para impulsionar sua imagem e se aproximou das redações, aumentando significativamente os gastos em publicidade estatal em veículos de comunicação favoráveis ao governo.


De acordo com um levantamento realizado pelo Poder360 junto à Secretaria de Comunicação Social e ministérios, em 2022 foram direcionados apenas R$ 117 mil em anúncios para 7 veículos de comunicação. No entanto, já no primeiro ano do terceiro governo de Lula, em 2023, os gastos saltaram para R$ 3,2 milhões.


Os números revelam uma discrepância marcante entre o governo Bolsonaro e o atual governo petista, indicando uma estratégia mais agressiva de comunicação por parte de Lula. Os veículos de comunicação preferidos pelo governo petista para investimento em publicidade incluem O Globo, Folha de S. Paulo, Veja, Carta Capital e Brasil247.


O jornal O Globo recebeu a maior fatia dos investimentos, totalizando R$ 909 mil em anúncios somente em 2023. Em seguida, a Folha de S. Paulo e a Revista Veja receberam R$ 513 mil cada uma. Destaca-se que a revista Carta Capital, alinhada com as ideias do governo, recebeu um montante ainda maior, totalizando R$ 1 milhão em anúncios no mesmo período.


Além disso, o site Brasil247, também conhecido por sua orientação favorável ao governo, recebeu um valor considerável de R$ 745 mil em publicidade estatal. No entanto, um dos maiores cortes foi percebido na Jovem Pan, uma emissora que havia recebido R$ 6,6 milhões em 2022. Com a mudança de governo, os recursos destinados à Jovem Pan diminuíram drasticamente, representando apenas R$ 90 em 2023, uma redução de 99%.


Essa estratégia de aumento dos gastos em publicidade estatal visa reverter a tendência de queda na popularidade do presidente Lula. Ao investir em veículos de comunicação alinhados com suas políticas e ideologias, o governo busca ampliar sua visibilidade e influência na opinião pública.


No entanto, a medida também levanta questionamentos sobre o uso dos recursos públicos para benefício político, especialmente em um contexto de crise econômica e social. A distribuição desigual dos investimentos em publicidade estatal entre diferentes veículos de comunicação suscita debates sobre transparência e imparcialidade na relação entre governo e mídia.


Enquanto alguns enxergam esses gastos como parte legítima da estratégia de comunicação do governo, outros criticam a utilização política dos recursos públicos e questionam a liberdade e independência da imprensa frente ao poder governamental.

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