Mossoró: 51 dias depois, veja como fuga mudou segurança dos presídios


 **Caçada a Fugitivos de Penitenciária Federal de Mossoró Termina Após 51 Dias: Dois Detentos Capturados Próximo a Marabá, no Pará**

Após uma busca intensa que durou mais de 50 dias, finalmente chegou ao fim a caçada aos dois detentos que escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró. Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram capturados na tarde da última quinta-feira (4/4) na BR-222, nas proximidades de Marabá, no Pará. A captura representa um alívio para as autoridades de segurança e para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, embora deixe um alerta sobre a vulnerabilidade das prisões federais.

Os fugitivos, Deibson Cabral Nascimento, conhecido como "Deisinho" ou "Tatu", e Rogério da Silva Mendonça, conseguiram escapar da prisão de segurança máxima na madrugada do dia 14 de fevereiro. Esta foi a primeira fuga registrada nas penitenciárias federais do Brasil desde a inauguração do modelo prisional em 2006.

A prisão dos fugitivos ocorreu a aproximadamente 1.600 quilômetros de distância de Mossoró, onde ocorreu a fuga. Após serem detidos novamente, eles serão levados de volta à Penitenciária de Mossoró, que, segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, passou por uma reformulação completa em termos de segurança. Os detidos ficarão isolados e serão submetidos a vistorias diárias.

Além da captura dos fugitivos, o ministro Lewandowski anunciou uma série de medidas para reforçar a segurança nas penitenciárias federais do país. Isso inclui a construção de muralhas ao redor de todas as unidades, modernização do monitoramento e controle de acesso, e implementação de um sistema de reconhecimento facial, além da ampliação dos alarmes e sensores de presença.

Todas essas mudanças serão financiadas pelo Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), gerido pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). O Brasil conta atualmente com cinco prisões federais localizadas em Brasília (DF), Porto Velho (RO), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Catanduvas (PR).

A fuga dos detentos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento desencadeou uma grande mobilização das forças de segurança, envolvendo cerca de 500 agentes em uma força-tarefa. Participaram da operação integrantes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Penal e da Força Nacional, além de policiais militares de diversos estados e forças municipais de Mossoró.

Durante a busca, os agentes enfrentaram desafios como as chuvas que dificultavam a rastreabilidade dos fugitivos. No entanto, a força-tarefa conseguiu identificar esconderijos e realizar prisões de indivíduos que estavam auxiliando os detentos em sua fuga. Ao todo, 12 pessoas foram detidas durante a operação, além dos fugitivos.

A prisão dos fugitivos ocorreu sem incidentes, e o ministro Lewandowski destacou a operação como "extremamente bem-sucedida", ressaltando que não houve disparo de tiros, feridos ou mortos. Ele também enfatizou a continuidade dos trabalhos de inteligência após a captura dos foragidos.

Para Lewandowski, a prisão dos fugitivos representa uma vitória do Estado brasileiro e das forças de segurança, demonstrando que o crime organizado no país não será tolerado. Com a captura dos detentos e as medidas de segurança adicionais anunciadas, as autoridades esperam garantir a integridade do sistema prisional e evitar futuras fugas em penitenciárias federais.

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