O Deputado Federal Nikolas Ferreira (PL-MG) lançou críticas contundentes contra o aumento recorde nos gastos do Poder Judiciário. Em sua declaração, o parlamentar não poupou palavras, afirmando que o Brasil não carece de recursos, mas sim de "vergonha na cara".
Em um comentário sobre o relatório recente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que revelou um montante exorbitante de R$ 132,8 bilhões em despesas judiciais, Nikolas Ferreira expressou sua indignação. Ele ressaltou que é frequente ouvir o argumento de que o Brasil não dispõe de dinheiro, porém, em sua visão, a verdadeira escassez é de integridade e responsabilidade fiscal por parte dos gestores públicos.
"Muitos dizem 'o Brasil não tem dinheiro'. Eu diria que o Brasil não tem vergonha na cara", declarou o deputado em uma postagem nas redes sociais.
O relatório do CNJ, divulgado nesta terça-feira (28), revelou que os gastos do Poder Judiciário representam 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e 2,38% do orçamento total da União. Este valor, desconsiderando os efeitos da inflação, é o mais alto desde que os registros começaram em 2009.
Nos últimos dois anos, os gastos judiciais acumularam um aumento significativo de 15,4%. O CNJ tentou justificar esse crescimento apontando uma suposta expansão na produtividade, que teria aumentado em quase 7% no ano de 2023.
Entretanto, a maior parte desses custos foi direcionada para despesas com pessoal, englobando salários e benefícios de magistrados, servidores, estagiários, terceirizados e aposentados. Um montante expressivo de R$ 119,7 bilhões, correspondendo a 90,2% do total, foi destinado a esses fins.
O valor dos gastos atuais do Poder Judiciário é alarmante, especialmente quando comparado com a arrecadação própria da instituição. Segundo o relatório, o Judiciário arrecadou apenas metade do valor gasto, totalizando R$ 68,74 bilhões, uma queda de 3% em relação ao ano anterior.
Diante desses números, as críticas do Deputado Nikolas Ferreira refletem uma preocupação crescente com a gestão dos recursos públicos e a transparência nos gastos governamentais. Sua posição ressoa com muitos cidadãos que esperam uma administração mais responsável e eficiente dos recursos públicos, especialmente em um momento de desafios econômicos e sociais.