Constantino recebe cidadania dos EUA e ironiza Moraes em foto


Na última sexta-feira, 14 de junho, o jornalista e comentarista político Rodrigo Constantino anunciou que obteve a cidadania americana, marcando um momento significativo em sua carreira e vida pessoal. Para celebrar o feito, Constantino compartilhou nas redes sociais diversas fotos, incluindo uma imagem emblemática em que ele aponta para seu novo passaporte dos Estados Unidos, um documento que simboliza sua nova condição de cidadão americano.


A escolha de compartilhar essa imagem não foi meramente uma celebração, mas também carregou um tom de ironia. O simbolismo da foto é profundo, considerando que Constantino teve seu passaporte brasileiro cancelado por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do Inquérito 4.781, mais conhecido como o inquérito das fake news. Esse contexto dá uma camada extra de significado à foto, que pode ser interpretada como uma resposta direta às ações judiciais tomadas contra ele no Brasil.


Nos artigos publicados nos sites da revista Oeste e do jornal Gazeta do Povo, Constantino refletiu sobre sua nova cidadania. No artigo da Gazeta do Povo, intitulado “Cidadão americano: adeus, Alexandre!”, ele não apenas celebra sua nova condição, mas também critica as decisões que o afetaram no Brasil. Já no artigo da Oeste, intitulado “O dia em que me livrei do Alexandre para sempre”, o jornalista reitera seu descontentamento com as ações do ministro Alexandre de Moraes, relembrando o cancelamento de seu passaporte e outras medidas judiciais que considera arbitrárias.


Constantino destacou que sua luta por um Brasil mais livre continua, afirmando que, apesar de agora ser cidadão americano, ele permanece comprometido com a liberdade no Brasil. "Minha luta por um Brasil mais livre continua, sempre. Sei que há muita gente boa em meu país de origem, e luto por sua liberdade, em que pese o Estado brasileiro só ter me tratado mal, não só com seus pesados impostos para financiar roubalheira petista, o que recai sobre a maioria, mas com congelamento das minhas contas bancárias, censura das minhas redes sociais e até cancelamento do meu passaporte", declarou o jornalista.


O cancelamento do passaporte de Constantino e a determinação de outras medidas contra jornalistas conservadores a mando de Alexandre de Moraes vieram a público em janeiro de 2023, poucos dias após a posse de Lula (PT) como presidente. Além de Constantino, outros jornalistas como Paulo Figueiredo e Guilherme Fiuza também foram alvo de ações judiciais. Figueiredo teve suas contas bancárias bloqueadas no Brasil e o passaporte cancelado, enquanto Fiuza teve seu perfil nas redes sociais suspenso.


A obtenção da cidadania americana por Constantino pode ser vista como uma tentativa de garantir maior liberdade e segurança pessoal, além de uma forma de protesto contra o que ele considera perseguição política no Brasil. Em suas publicações, o jornalista reafirma seu compromisso com a liberdade de expressão e critica duramente as ações do ministro Moraes, que, segundo ele, representam uma ameaça à democracia e à liberdade de imprensa no país.


A repercussão do anúncio de Constantino foi ampla, gerando discussões tanto entre seus apoiadores quanto entre seus críticos. Para seus seguidores, a nova cidadania de Constantino é vista como uma vitória e uma prova de sua resiliência diante das adversidades. Para seus detratores, no entanto, a mudança de nacionalidade pode ser interpretada como um ato de fuga ou desistência do Brasil.


Independentemente das interpretações, o fato é que Rodrigo Constantino agora possui um novo capítulo em sua vida, marcado pela obtenção da cidadania americana e pela contínua luta por seus ideais de liberdade. A foto com o passaporte dos Estados Unidos não é apenas um registro de uma conquista pessoal, mas também um símbolo de resistência e de crítica ao sistema judicial brasileiro, personificado na figura de Alexandre de Moraes. Este episódio reflete as complexas e polarizadas disputas políticas no Brasil, onde a batalha pelo controle da narrativa e pela liberdade de expressão continua a ser travada em múltiplos fronts.

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