Neste sábado, durante o lançamento da pedra fundamental do campus Zona Leste da Unifesp e do Campus Cidade Tiradentes do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez declarações enfáticas sobre seu compromisso com a educação e o desenvolvimento econômico inclusivo no Brasil. Em um discurso emocionado e repleto de referências à sua própria trajetória política, Lula destacou que não se considera o "pai dos pobres", mas sim "um pobre que chegou à presidência da República por causa dos pobres que me elegeram".
O evento, que reuniu diversas autoridades e personalidades políticas, foi marcado por um tom de esperança e determinação quanto ao futuro do país. Lula iniciou seu pronunciamento enfatizando a necessidade de transformar o Brasil de um mero exportador de commodities para um exportador de inteligência. "Eu quero governar o país para os empresários. Quero que eles ganhem dinheiro, porque geram emprego, salário, consumo e comércio. Mas é importante colocar o povo mais humilde para subir um degrau na escala social, e isso só se faz com a educação", afirmou o presidente.
Durante seu discurso, Lula fez questão de conectar sua própria experiência com a realidade dos moradores da Zona Leste de São Paulo, uma das regiões mais carentes e necessitadas de investimentos em infraestrutura e oportunidades educacionais. Ele ressaltou que seu governo visa não apenas beneficiar os empresários, mas também proporcionar aos mais pobres a chance de avançar socialmente por meio da educação e da inclusão.
A presença de Marta Suplicy no evento também foi destacada pelo presidente, que a chamou de "companheira que fez uma gestão extraordinária em São Paulo". A ex-prefeita foi uma das personalidades que apoiou firmemente as políticas sociais durante o governo de Lula, contribuindo significativamente para iniciativas voltadas à educação e ao bem-estar social.
Entre as autoridades presentes estavam o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, representando o PSB; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o ministro da Educação, Camilo Santana; o ministro das Cidades, Jader Filho; o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira; e o ministro da Secretaria de Comunicação, Laercio Portela. A presença desses líderes políticos destacou a importância do evento para a agenda nacional de educação e desenvolvimento econômico.
Durante a cerimônia de lançamento da pedra fundamental, foram anunciados planos ambiciosos para os novos campi educacionais na Zona Leste e em Cidade Tiradentes. Esses campi não apenas ampliarão o acesso à educação superior e técnica, mas também servirão como centros de pesquisa e inovação para impulsionar o desenvolvimento local e regional.
Lula reforçou a ideia de que investir na educação é investir no futuro do Brasil, capacitando jovens e adultos para competir globalmente em setores de alto valor agregado. "Não podemos mais nos contentar em ser um país que apenas extrai recursos naturais. Precisamos agregar valor, criar conhecimento e exportar inteligência", enfatizou o presidente.
Os discursos proferidos durante o evento refletiram um consenso sobre a necessidade urgente de reformas estruturais que promovam um desenvolvimento mais equitativo e sustentável. Para Lula, isso inclui não apenas políticas educacionais robustas, mas também iniciativas econômicas que incentivem o empreendedorismo e a criação de empregos dignos.
Ao finalizar seu discurso, o presidente reafirmou seu compromisso com os ideais de justiça social e oportunidades iguais para todos os brasileiros. "Não podemos permitir que o potencial de nossos jovens seja desperdiçado pela falta de acesso à educação e oportunidades. Vamos construir juntos um Brasil mais justo e próspero para todos", concluiu Lula.
Com essas palavras, o lançamento dos novos campi educacionais na Zona Leste de São Paulo não apenas marcou um marco significativo para a educação no país, mas também reiterou o compromisso do governo em enfrentar os desafios socioeconômicos com determinação e visão de futuro.