Moraes brinca com “momento socialista do STF” depois de ser chamado de “o único comunista da Corte”


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), trouxe leveza ao ambiente jurídico ao brincar com o que chamou de "momento socialista do STF" após ser provocado como o "único comunista da Corte". As declarações ocorreram durante o julgamento sobre a correção das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).


Durante sua intervenção, Moraes, em um tom descontraído, afirmou: “Aproveitando, ministro [Edson] Fachin, esse momento socialista do plenário, eu, depois de muito tempo sendo chamado de o único comunista desta Suprema Corte, hoje me sinto reconfortado com o momento socialista da Suprema Corte”.


A declaração do ministro gerou uma onda de descontração entre seus colegas de tribunal. O ministro Edson Fachin entrou na brincadeira ao comentar: “Se Vossa Excelência me permite, estamos aqui vendo e ouvindo padres em diferentes papéis invertidos rezarem missas inusitadas”. 


O ministro Flávio Dino acrescentou: “Eu continuo na ideologia da libertação”, enquanto Moraes, mantendo o tom jocoso, sugeriu uma ampliação do diálogo: “Ministro Fachin, para que seja feita a questão isonômica, padres e pastores, para que não deixemos ninguém de fora”. Barroso concluiu de forma leve: “Aqui tem padre, pastor, rabino, mas ninguém é santo.”


A descontração proporcionada por Moraes durante o julgamento trouxe um momento de leveza em meio às discussões jurídicas. Essa quebra momentânea na formalidade ressalta a importância de manter um ambiente de trabalho saudável, mesmo em situações de grande pressão e responsabilidade.


Quanto à decisão tomada pelo STF sobre a correção do FGTS, a Corte decidiu que a correção das contas do FGTS deve garantir, pelo menos, a reposição da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Essa decisão implica um aumento na remuneração das contas de cada trabalhador vinculadas ao fundo.


A maioria dos ministros entendeu que essa mudança deve valer a partir da data de publicação da ata do julgamento, que ocorrerá nos próximos dias. A proposta intermediária, apresentada pelo ministro Flávio Dino e que acolheu a proposta feita pelo governo federal, foi a decisão final.


Apesar da seriedade do assunto em questão, a leveza proporcionada pelo comentário de Moraes ressalta a importância de um ambiente de trabalho saudável e descontraído, mesmo em instâncias de grande responsabilidade e tensão. Esses momentos de descontração, além de aliviar a pressão do trabalho, fortalecem os laços entre os membros da equipe e contribuem para um ambiente mais colaborativo e produtivo.


Enquanto o STF segue firme em suas decisões importantes para o país, fica evidente que a camaradagem e o bom humor também têm seu lugar, mesmo nos corredores do poder judiciário.
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