Biden diz que sua desistência foi para “salvar a democracia”


O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, surpreendeu a todos na noite de quarta-feira (24) ao anunciar sua desistência da corrida pela reeleição em um discurso emocionante no Salão Oval da Casa Branca. A decisão, que marca uma mudança significativa no cenário político americano, foi justificada pelo presidente como uma tentativa de “salvar a democracia”.


Durante seu discurso, Biden destacou a necessidade urgente de unir o Partido Democrata e a nação americana frente a desafios críticos. “Nas últimas semanas, ficou claro para mim que eu precisava unir meu partido nesse desafio crítico”, afirmou Biden. Ele ressaltou que, embora acreditasse que sua liderança poderia ser valiosa para um segundo mandato, a prioridade era garantir a integridade democrática dos EUA. "Nada pode ficar no caminho de salvar a nossa democracia, e isso inclui ambições pessoais", declarou o presidente.


Em uma declaração que pode ter grandes implicações para as eleições de 2024, Biden anunciou que pretende "passar a tocha" para a nova geração. “Essa é a melhor maneira de unir a nossa nação. Há um lugar e um tempo para uma longa trajetória na vida pública, mas também há um lugar e um tempo para novas vozes e vozes mais jovens”, explicou o presidente.


A decisão de Biden pode sinalizar uma mudança significativa na política americana, à medida que o Partido Democrata busca um novo candidato para a presidência. A dúvida agora é sobre quem assumirá o papel de liderança no partido, considerando o crescente interesse por figuras mais jovens e novas perspectivas no cenário político dos EUA.


Apesar de sua decisão de não buscar a reeleição, Biden garantiu que continuará a trabalhar até o final de seu mandato, previsto para janeiro de 2025. Entre suas prioridades estão esforços contínuos para terminar a guerra em Gaza, trazer os reféns de volta e promover a paz e a segurança no Oriente Médio. “Continuarei a trabalhar para acabar com a guerra em Gaza, trazer de volta para casa todos os reféns e trazer paz e segurança ao Oriente Médio”, afirmou o presidente.


A desistência de Biden gerou uma série de reações no cenário político e internacional. Donald Trump, ex-presidente dos EUA e potencial rival nas próximas eleições, comentou a situação criticamente, acusando o Partido Democrata de orquestrar um "golpe de Estado" contra Biden. Trump também destacou que está disposto a debater com Kamala Harris, atual vice-presidente, e descreveu a vice-presidente como uma representante da extrema-esquerda.


Por outro lado, a vice-presidente Kamala Harris, que pode emergir como uma candidata principal para os democratas, está focada em questões de restrição de armas e defesa do aborto, temas que têm sido centrais em sua plataforma política.

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