Na última terça-feira (16), o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo e deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) deu um passo decisivo ao acionar judicialmente Pablo Marçal (PRTB-SP) por declarações consideradas difamatórias. As alegações de Marçal foram proferidas durante uma entrevista ao podcast Os Sócios, datada de quinta-feira passada (11), onde ele acusou Boulos de coordenar o que chamou de "maior imobiliária irregular" da capital paulista.
A controvérsia surgiu quando Marçal afirmou que Boulos estaria envolvido em práticas questionáveis relacionadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), organização da qual o deputado é uma figura proeminente. Segundo Marçal, Boulos estaria cobrando taxas de até R$ 700 das famílias após conseguir moradias para elas, uma afirmação que Boulos e seus apoiadores consideraram como "mentiras absurdas e acusações gravíssimas".
A defesa de Guilherme Boulos, representada por advogados especializados em direito civil e de imagem, protocolou uma ação na qual busca não apenas uma indenização de R$ 50 mil por danos morais, mas também a remoção imediata da entrevista que contém as declarações controversas. A equipe legal de Boulos argumenta que as declarações de Marçal não só difamaram o deputado, mas também podem ter consequências sérias para sua reputação pública, especialmente em um ano eleitoral.
Em entrevista coletiva após protocolar a ação, os advogados de Boulos enfatizaram que a liberdade de expressão não pode ser usada como um escudo para disseminar informações falsas e prejudiciais, especialmente quando se trata de figuras públicas como Boulos, que estão sujeitas a um escrutínio constante devido ao seu papel político.