Ciro detona PT: "Há uma ditadura tentando ser construída" (veja o vídeo)


No último sábado (20), Ciro Gomes, ex-governador do Ceará, esteve em Crato para expressar seu apoio a um dos candidatos à prefeitura da cidade. Durante a convenção, Ciro fez uma declaração contundente, criticando a gestão do Partido dos Trabalhadores (PT) no estado. Suas palavras ecoaram entre os presentes, gerando um debate acalorado sobre a situação política e social do Ceará. "O Ceará está sendo destruído pela incompetência, pela corrupção e pelo mandonismo. Há uma ditadura tentando ser construída, tirando inclusive o direito do povo de escolher suas alternativas. A violência política acontece em Juazeiro, já matou gente no Crato, já eliminou candidatos que poderiam ter sido, candidatos que agora não podem mais ser. Tudo está sendo armado para que o novo ditador do Ceará não tenha sequer contraste, e eu tenho certeza de que o Cariri vai se levantar," afirmou Ciro Gomes.


Desde 2015, o PT governa o Ceará, com exceção de um breve período em 2022, quando Izolda Cela, do PDT, assumiu o Executivo cearense durante o afastamento de Camilo Santana, que concorreu ao Senado. A crítica de Ciro Gomes não é apenas uma opinião isolada, mas reflete uma crescente insatisfação com a gestão petista no estado, especialmente em relação à segurança pública e aos direitos políticos.


Em 2023, o Ceará enfrentou desafios significativos relacionados à violência, especialmente doméstica. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), o estado registrou 24 mil mulheres vítimas de violência doméstica, o maior número em nove anos, e o número de feminicídios alcançou o pico dos últimos seis anos. Esses dados alarmantes colocam em evidência a necessidade de políticas mais eficazes e de uma gestão comprometida com a segurança e o bem-estar da população. No mesmo ano, foram realizadas 3.429 prisões relacionadas a esses crimes, um aumento de 38,5% em relação ao ano anterior. Esse incremento nas prisões, embora positivo, também indica a persistência e o agravamento da violência doméstica no estado.


Em 2024, a situação da segurança pública no Ceará continuou a se deteriorar. O estado apresentou uma taxa de homicídios de 37,25 por 100 mil habitantes, sendo o segundo mais violento do país em termos de homicídios violentos letais e intencionais (CVLIs), ficando atrás apenas de Pernambuco, que registrou uma taxa de 43,71, conforme relatórios do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Conforme indicam os mais recentes dados da SSPDS, em março de 2024, o estado registrou um aumento significativo de 22,4% nas mortes violentas em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Esses números são alarmantes e reforçam a crítica de Ciro Gomes sobre a gestão do PT no Ceará.


As declarações de Ciro Gomes também abordaram a questão da violência política no estado. Ele mencionou incidentes em Juazeiro e Crato, onde a violência política resultou em mortes e na eliminação de candidatos potenciais. A acusação de que há uma tentativa de instaurar uma ditadura no Ceará é grave e aponta para a necessidade de uma investigação rigorosa e de medidas para garantir a integridade do processo democrático. A denúncia de Ciro sobre o mandonismo e a tentativa de controlar o estado de maneira ditatorial é uma crítica direta à gestão atual e um chamado à ação para a população do Cariri e de todo o Ceará. Ele expressou confiança de que o povo se levantará contra essa situação, buscando mudanças significativas na liderança do estado.


A fala de Ciro Gomes gerou reações diversas entre os políticos e a população. Seus apoiadores veem suas palavras como um reflexo da realidade enfrentada pelo Ceará e uma necessária crítica ao PT. Já os defensores do governo petista argumentam que as declarações são exageradas e têm um viés político, visando minar a confiança no atual governo. Independente das interpretações, a fala de Ciro trouxe à tona questões importantes sobre a governança no Ceará. A gestão do PT, que já estava sob escrutínio devido aos desafios enfrentados pelo estado, agora enfrenta uma pressão adicional para abordar essas críticas e demonstrar um compromisso mais forte com a segurança pública e os direitos democráticos.


Para mais detalhes sobre as declarações de Ciro Gomes e as reações a elas, confira o vídeo completo da convenção em Crato. As palavras de Ciro são um chamado à reflexão e à ação, destacando a necessidade de um diálogo aberto e de soluções efetivas para os problemas enfrentados pelo Ceará. A situação no Ceará é complexa e exige uma análise cuidadosa e um compromisso genuíno com a melhoria das condições de vida da população. As críticas de Ciro Gomes são um lembrete de que a democracia deve ser constantemente defendida e aprimorada, garantindo que todos tenham voz e que a justiça prevaleça.

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