EUA não reconhece resultado anunciado na Venezuela e quer recontagem dos votos


Em um movimento significativo, Antony Blinken, Secretário de Estado dos Estados Unidos, fez um apelo formal nesta segunda-feira, 29 de julho, para uma recontagem "justa e transparente" dos votos das recentes eleições presidenciais na Venezuela. A declaração surge após Nicolás Maduro ser declarado vencedor com 51,2% dos votos, conforme o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.


Blinken, em um comunicado oficial, enfatizou a importância de garantir a integridade do processo eleitoral. Ele afirmou: "Agora que a votação terminou, é de vital importância que cada voto seja contado de forma justa e transparente. Convocamos as autoridades eleitorais a publicar a recontagem detalhada dos votos para assegurar a transparência e a prestação de contas." Esta declaração ressalta a crescente preocupação internacional com a legitimidade do processo eleitoral na Venezuela.


A eleição presidencial na Venezuela foi marcada por uma série de controvérsias. A oposição venezuelana havia denunciado previamente uma série de irregularidades durante a apuração dos votos, o que gerou desconfiança e preocupação em relação à integridade dos resultados divulgados pelo CNE. Os críticos apontam para possíveis fraudes e manipulações que podem ter influenciado o resultado final da eleição.


O Conselho Nacional Eleitoral, que é responsável pela supervisão do processo eleitoral na Venezuela, proclamou Nicolás Maduro como o vencedor das eleições, com uma vantagem apertada de 51,2% dos votos. No entanto, a falta de transparência na apuração dos votos e as alegações de irregularidades por parte da oposição levantaram dúvidas significativas sobre a precisão e a justiça dos resultados.


Blinken, representando a administração dos Estados Unidos, enfatizou que uma recontagem minuciosa é essencial para restaurar a confiança no processo eleitoral e garantir que os direitos dos eleitores sejam respeitados. A administração americana tem sido crítica em relação ao governo de Maduro e tem apoiado medidas para garantir a democracia e a justiça na Venezuela.


A oposição venezuelana, liderada por figuras proeminentes como Juan Guaidó, rapidamente reagiu ao anúncio do CNE com alegações de irregularidades massivas. De acordo com os líderes opositores, houve múltiplas violações das normas eleitorais, incluindo denúncias de manipulação de votos e restrição ao acesso de observadores independentes durante a contagem.


Em resposta às alegações de fraude, diversos grupos internacionais e organizações não governamentais também manifestaram preocupações sobre a transparência e a legitimidade das eleições. Observadores internacionais, que foram enviados para monitorar o processo eleitoral, relataram dificuldades em obter acesso completo às informações e à documentação necessária para uma avaliação imparcial.

أحدث أقدم