Nunes chama Boulos de “invasor”, “vagabundo” e “sem vergonha”


No cenário político tumultuado da maior metrópole brasileira, São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) protagonizou um discurso incisivo durante a convenção do Partido Liberal (PL), onde oficializou sua pré-candidatura à reeleição. O evento, que ocorreu nesta segunda-feira (22), contou com a indicação do coronel Ricardo Mello Araújo como vice na chapa de Nunes e não teve a presença esperada de figuras proeminentes como Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, presidente nacional da sigla.


Nunes, conhecido por sua trajetória como vereador e posteriormente como prefeito de São Paulo após suceder Bruno Covas, não poupou críticas ao seu principal adversário, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP). Em um tom inflamado, o prefeito o descreveu como "invasor", "vagabundo" e "sem vergonha", embora não tenha mencionado o nome de Boulos diretamente durante o discurso.


"Agradeço a cada um de vocês por depositarem essa confiança em nós para continuar o trabalho e derrotar esse invasor, esse vagabundo, esse sem vergonha", declarou Nunes, alimentando uma atmosfera de confronto eleitoral desde o início de sua campanha.


A ausência de Jair Bolsonaro no evento, que ocorre em um momento crucial para as alianças políticas em São Paulo, não passou despercebida. Questionado sobre a não participação do ex-presidente, Nunes e Mello Araújo minimizaram a importância, sugerindo que Bolsonaro teria outros compromissos.


O coronel Ricardo Mello Araújo, que assume o posto de vice na chapa, protagonizou um momento constrangedor ao cometer uma gafe durante seu discurso. Referindo-se à necessidade de "renovação" e "mudança", ele ressaltou sua estreia em eleições, apesar de sua experiência anterior na Rota e na Ceagesp.


"Sabemos que o desafio é grande, mas com a experiência do prefeito e minha vontade de trabalhar, podemos fazer em quatro anos o que levaria 40", afirmou Mello Araújo, buscando destacar sua colaboração com Nunes na gestão municipal.


Nunes também aproveitou o palanque para criticar indiretamente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que apoia a candidatura de Boulos. Ele contrastou sua gestão municipal, enfatizando a redução de impostos e a eliminação de taxas, insinuando uma disparidade com as políticas fiscais federais atuais.

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