Na tarde desta quarta-feira (17), a jornalista Renata Varandas foi abruptamente demitida da Record, onde trabalhou por quase duas décadas, após um escândalo envolvendo o vazamento de trechos fora de contexto de uma entrevista com o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. A decisão da emissora veio à tona após uma agência financeira divulgar informações que teriam sido antecipadas pela jornalista, gerando impactos significativos no mercado financeiro nacional e internacional.
Renata Varandas, conhecida por seu trabalho como repórter principal da Record em Brasília, foi acusada de fornecer informações privilegiadas à Capital Advice, empresa da qual é sócia-administradora juntamente com outras jornalistas. O vazamento ocorreu momentos antes da divulgação oficial do conteúdo da entrevista com o ex-presidente Lula, causando uma oscilação na cotação do dólar e gerando incertezas nos mercados.
O episódio teve início com a transmissão completa da entrevista pela Record na noite de terça-feira (16), seguida pela descoberta de que trechos da conversa já circulavam em um texto da corretora BGC horas antes da exibição oficial. Especialistas financeiros apontaram que a fala de Lula, fora de contexto, sobre questões fiscais poderia ter influenciado negativamente as expectativas econômicas, levando a uma queda temporária da moeda estrangeira.
A repercussão do caso foi imediata, com a imprensa especializada e a opinião pública questionando a ética jornalística de Renata Varandas e a política de divulgação da Record. Em comunicado oficial, a emissora afirmou ter tomado conhecimento do vínculo da jornalista com a Capital Advice apenas após o incidente, ressaltando sua condenação a qualquer tipo de vazamento de informações de suas reportagens.