Senador volta a atacar Moraes, cita “fonte” de dentro do STF e manda um aviso (veja o vídeo)


No mais recente episódio de tensões políticas, o senador Marcos do Val voltou a atacar publicamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em um vídeo postado em suas redes sociais, o parlamentar alegou ter recebido informações de uma "fonte" de dentro do STF, sugerindo que ministros estariam trabalhando ativamente para prejudicá-lo. A declaração veio acompanhada de um pedido de proteção contra o que ele descreveu como "todo esse mal".


Durante o vídeo, Marcos do Val afirmou que todas as denúncias que ele fez nas redes sociais foram entregues à Organização dos Estados Americanos (OEA). Ele destacou sua confiança de que, com a eventual reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos, o ex-presidente trabalhará incansavelmente para garantir que Alexandre de Moraes seja preso. "Trump prometeu trabalhar para ver Moraes na cadeia", afirmou o senador, visivelmente inflamado.


Além de suas alegações e denúncias, o senador Marcos do Val dirigiu um aviso diretamente ao ministro Alexandre de Moraes e a um policial federal, que ele acusou de monitorar constantemente suas atividades online. O tom do aviso foi de desafio, refletindo a crescente animosidade entre o senador e o magistrado do STF. "Estou pedindo proteção contra todo esse mal. Não vou me calar diante dessas ameaças", disse do Val, reforçando sua posição de resistência.


As declarações de Marcos do Val rapidamente ganharam repercussão nas redes sociais e na mídia. A oposição criticou duramente o senador, acusando-o de fomentar desinformação e tensionar ainda mais a relação entre os poderes Legislativo e Judiciário. Parlamentares aliados ao governo, no entanto, defenderam o direito do senador de se expressar e alertaram para a necessidade de investigar as alegações feitas por ele.


Este não é o primeiro embate entre Marcos do Val e Alexandre de Moraes. O senador, que é conhecido por suas posições conservadoras, já havia criticado o ministro em diversas ocasiões, acusando-o de abuso de poder e de agir de forma parcial em suas decisões. Moraes, por sua vez, tem sido um dos principais alvos de críticas de setores conservadores, especialmente aqueles ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores.


A entrega de denúncias à OEA por parte de Marcos do Val adiciona uma dimensão internacional ao conflito. A organização, que reúne países do continente americano, tem entre suas atribuições a promoção da democracia e dos direitos humanos. As alegações do senador, se comprovadas, poderiam ter implicações significativas para a imagem do Brasil no cenário internacional. No entanto, especialistas apontam que a OEA tende a agir com cautela em questões internas de seus estados-membros, especialmente quando envolvem altas autoridades judiciais.


Até o momento, o Supremo Tribunal Federal não se pronunciou oficialmente sobre as novas acusações de Marcos do Val. No entanto, fontes internas do tribunal, que preferiram não se identificar, indicaram que os ministros estão preocupados com a escalada de ataques e com a segurança dos membros da corte. Alexandre de Moraes, em particular, tem sido alvo de ameaças constantes, o que já levou ao reforço de sua segurança pessoal.


Analistas políticos divergem sobre as motivações e possíveis consequências das declarações de Marcos do Val. Para alguns, trata-se de uma estratégia para galvanizar sua base de apoio e desviar a atenção de problemas internos. Para outros, as acusações são graves e merecem investigação rigorosa. "É preciso distinguir entre discurso político e acusações que podem ter fundamento legal. Se houver elementos concretos, as autoridades competentes devem agir", afirmou o cientista político Ricardo Alves.


As declarações do senador Marcos do Val contra o ministro Alexandre de Moraes representam mais um capítulo na tumultuada relação entre o Legislativo e o Judiciário no Brasil. Com a promessa de apoio internacional de figuras como Donald Trump e a mobilização de organismos como a OEA, o cenário político tende a se tornar ainda mais polarizado. Resta saber quais serão os desdobramentos dessa crise e como as instituições brasileiras irão responder às acusações e ao clima de crescente tensão.

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