Na mais recente reviravolta política no Brasil, o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, tomou uma decisão contundente ao retirar o sigilo de um áudio comprometedor de uma reunião secreta entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-diretor geral da Abin, Alexandre Ramagem. Gravado clandestinamente, o áudio lançou luz sobre uma suposta estratégia para proteger o filho do presidente, Flávio Bolsonaro, no caso das rachadinhas, um escândalo que abalou as estruturas do governo anos atrás.
Segundo informações preliminares divulgadas no relatório da investigação sobre a "Abin paralela", o áudio revela discussões entre Bolsonaro e Ramagem sobre medidas para mitigar as consequências legais do caso que envolve o senador Flávio Bolsonaro, então filiado ao Partido Liberal do Rio de Janeiro. Este caso, que havia sido arquivado em 2022, ressurgiu com força após a divulgação deste áudio explosivo.
A divulgação, realizada estrategicamente às vésperas de importantes eventos políticos, trouxe à tona acusações e negações acaloradas. Flávio Bolsonaro, visivelmente agastado com a situação, negou qualquer vínculo direto com as alegações mencionadas no áudio. Em uma declaração à imprensa, afirmou categoricamente: "A narrativa de que estaria envolvido em qualquer tipo de relação com a Abin paralela é completamente infundada e mal-intencionada."
A situação política brasileira, já tensa devido ao contexto eleitoral iminente, viu-se ainda mais inflamada pelas revelações contidas no áudio. Críticos do governo não hesitaram em usar o material como prova de irregularidades e abusos de poder. Por outro lado, apoiadores de Bolsonaro e Ramagem refutaram as alegações, classificando a divulgação do áudio como uma manobra para prejudicar a candidatura de Ramagem à Prefeitura do Rio de Janeiro.