Jair Bolsonaro rebate Maduro: “Enredo nunca esteve tão claro”


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu com veemência às recentes declarações do ditador venezuelano Nicolás Maduro, que incluiu Bolsonaro em uma lista de figuras que, segundo ele, compõem uma "ala internacional fascista". O ataque de Maduro ocorreu em uma entrevista coletiva realizada em meio a intensos protestos na Venezuela, que se seguem às polêmicas eleições presidenciais do último domingo, 28 de julho.


Na coletiva, Maduro acusou Bolsonaro, junto com outros líderes de direita e personalidades internacionais como Elon Musk, Javier Milei, Daniel Noboa, e Nayib Bukele, de serem parte de uma conspiração contra seu regime. O ditador também fez menções a partidos e figuras políticas da Colômbia e da Espanha, ampliando sua lista de supostos adversários internacionais.


Bolsonaro, em resposta às acusações, utilizou suas redes sociais para expressar seu descontentamento. Em um post na plataforma X, o ex-presidente comentou que “o enredo nunca esteve tão claro aos olhos de todos”. Essa declaração reflete sua visão de que as acusações de Maduro são parte de uma tentativa de desviar a atenção dos problemas internos da Venezuela e da crescente pressão internacional sobre seu governo.


A crise na Venezuela está no centro das atenções globais após a eleição de domingo, na qual o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou a vitória de Maduro com 51% dos votos válidos, em contraste com os 44% obtidos pelo principal opositor, Edmundo González Urrutia. A discrepância nos resultados, somada à falta de transparência na divulgação das atas de votação, gerou uma onda de contestação internacional.


Diversos países e organizações internacionais têm exigido a divulgação completa dos resultados eleitorais e das atas de votação. O governo dos Estados Unidos, por exemplo, expressou frustração com a situação, afirmando que a paciência da comunidade internacional com a Venezuela está se esgotando. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, destacou a necessidade urgente de uma apuração transparente e completa das eleições.


A reação internacional também incluiu o presidente colombiano Gustavo Petro, que pediu uma apuração minuciosa dos resultados. A crítica de Petro adicionou mais pressão sobre a Venezuela e contribuiu para o isolamento diplomático do país. A tentativa de formar uma posição conjunta entre Brasil, Colômbia e México também encontrou obstáculos, devido às divergências entre os líderes mexicanos sobre a questão.

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