Coronel se revolta com decisão de Toffoli e compara com presos políticos de Moraes (Veja o vídeo)


O deputado federal Coronel Meira expressou sua indignação nas redes sociais com a recente decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), de soltar um criminoso ligado a uma facção do crime organizado. O caso em questão envolvia um condenado por participação no assassinato de um agente penitenciário em 2009. O deputado comparou essa decisão com o tratamento recebido por cidadãos que, segundo ele, são perseguidos politicamente, mencionando a prisão ou restrição de direitos de pessoas inocentes que não foram acusadas de crimes, mas estão sob o cerco do Judiciário.


O caso que motivou a revolta de Coronel Meira foi a soltura do chamado "Cantor do PCC", que havia sido preso junto ao notório líder da facção, Marcola, mas que agora ganhou liberdade para cumprir medidas cautelares. Apesar de ter o passaporte confiscado, o criminoso tentou fugir do Brasil e foi capturado na Argentina. No entanto, a soltura veio após a defesa argumentar que, na sentença, não havia especificação de que ele não poderia deixar o país. Para Meira, essa decisão é incompreensível e representa mais um exemplo de favorecimento a criminosos perigosos enquanto cidadãos comuns são alvo de repressão judicial.


Em seu pronunciamento, Coronel Meira também citou os casos das esposas e parentes de figuras como Daniel Silveira e Oswaldo Eustáquio, que tiveram seus passaportes arbitrariamente confiscados sem qualquer acusação formal de crime. Meira ressaltou que essas pessoas, como Sandra Terena, Mariana Eustáquio e Paola Silveira, tiveram seu direito de ir e vir severamente restringido, simplesmente por serem parentes de indivíduos que estão em desacordo com o Judiciário brasileiro. O deputado enfatizou que tais medidas são parte de uma perseguição política promovida pelo STF, que ele considera ilegítima e contrária aos princípios do Estado Democrático de Direito.


A indignação de Meira não parou por aí. Em sua fala, ele apelou aos cidadãos brasileiros para que pressionassem seus senadores com o objetivo de iniciar um processo de impeachment contra um ministro do Supremo, algo que seria inédito na história do país. Ele argumentou que tal medida é necessária para restabelecer a ordem democrática e frear o que ele vê como uma desmoralização do sistema judicial brasileiro. Para ele, decisões como a soltura do "Cantor do PCC" mostram que o crime organizado tem se beneficiado de um Judiciário leniente, enquanto aqueles que discordam do establishment político e midiático enfrentam repressão severa.


A fala de Coronel Meira reflete o sentimento de um grupo crescente de brasileiros que se sentem prejudicados pelas decisões do STF, especialmente em relação à atuação do ministro Alexandre de Moraes. Moraes tem sido uma figura central nos inquéritos que investigam apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo ações que muitos consideram uma repressão desmedida a veículos de imprensa e figuras públicas alinhadas à direita política. Meira e seus aliados criticam o fato de que jornalistas e influenciadores conservadores, como aqueles ligados à Folha Política, estão sendo alvos de inquéritos e bloqueios financeiros sem a devida transparência e justificativa jurídica.


O caso da Folha Política é emblemático. Segundo o deputado, a receita de mais de 20 meses do veículo foi confiscada por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob o comando de ministros como Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, em uma ação liderada pelo ex-corregedor do TSE, Luís Felipe Salomão. Meira aponta essa ação como mais um exemplo da perseguição que atinge apenas aqueles que possuem uma visão crítica ao governo e ao sistema político vigente.


A proposta de impeachment de um ministro do STF, como sugerido por Meira, seria um movimento ousado e complexo, exigindo o apoio de um número significativo de senadores. No entanto, o deputado parece confiante de que, com a mobilização popular, tal objetivo pode ser alcançado. Em suas redes sociais, ele conclamou seus seguidores a pressionar seus representantes no Senado para que, pela primeira vez na história do Brasil, um ministro do Supremo seja removido de seu cargo. Ele ressaltou que essa ação seria essencial para restaurar a confiança na justiça e garantir que o Brasil volte a viver sob um verdadeiro Estado Democrático de Direito.


A crescente insatisfação com o STF, especialmente em setores da direita política, já havia se manifestado em diversas ocasiões anteriores. No entanto, com a recente decisão de Toffoli e o histórico de controvérsias envolvendo Alexandre de Moraes, essa insatisfação parece ter atingido um novo patamar. Para Coronel Meira e seus apoiadores, a luta contra o que eles chamam de "abuso de poder" no Judiciário é uma questão central para a preservação da democracia no Brasil.


Resta saber se essa mobilização popular e política conseguirá angariar o apoio necessário no Senado para abrir um processo de impeachment contra um ministro do Supremo. Caso isso aconteça, o Brasil entrará em um momento histórico, marcado por um intenso embate entre o Legislativo e o Judiciário.

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