Marcel chuta o balde contra parlamentares que "acobertam" Moraes (veja o vídeo)


Em um discurso inflamado, o deputado Marcel Van Hattem fez duras críticas durante as sessões da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, que debateram por dois dias os projetos de lei que visam conceder anistia aos presos relacionados aos eventos do dia 8 de janeiro. Durante o debate, o parlamentar não poupou palavras ao denunciar o que chamou de "hipocrisia perversa" por parte dos deputados de extrema-esquerda, especialmente em relação aos direitos humanos. Ele acusou os parlamentares de desumanizarem os presos envolvidos nos protestos e persegui-los por meras discordâncias políticas.


Em sua fala, Van Hattem destacou o sofrimento das famílias dos detidos, mencionando especificamente as mães e familiares presentes, como Jane, Ana Luiza e Klésia, cujos parentes estão presos em decorrência dos atos do 8 de janeiro. Segundo ele, esses parlamentares de esquerda, que frequentemente se apresentam como defensores dos direitos humanos, não conseguem reconhecer a humanidade dessas pessoas. Ele ressaltou que, para eles, as famílias e os próprios presos são vistos apenas como "bolsonaristas", e que essa etiqueta política os desqualifica para receber qualquer tipo de consideração ou tratamento justo.


O deputado mencionou diretamente figuras da esquerda, como a deputada Erika Kokay e o deputado Chico Alencar, afirmando que ambos se autoproclamam defensores dos direitos humanos, mas falham em ver os opositores políticos como seres humanos. Em suas palavras, "A Esquerda não enxerga nessas pessoas seres humanos. Só merece direito humano quem é de esquerda, de preferência quem é baderneiro, quem quebra tudo, quem é bandido, como o Lula". Van Hattem utilizou esse exemplo para ilustrar sua visão de que a esquerda trata seletivamente os direitos humanos, aplicando-os apenas àqueles que compartilham suas convicções ideológicas, enquanto marginaliza e persegue cidadãos que discordam politicamente.


O parlamentar também direcionou suas críticas ao atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, chamando-o de "Chefe-Maior" e afirmando que foi um motivo de grande revolta para os brasileiros de bem verem o líder petista subir a rampa do Palácio do Planalto. Segundo ele, a ascensão de Lula ao poder é um insulto para os cidadãos cristãos e honestos do país, que agora se veem governados por alguém que, em sua opinião, não representa seus valores.


Além de criticar a postura dos parlamentares de esquerda, Van Hattem também fez um apelo à justiça em relação aos presos pelo 8 de janeiro. Ele explicou que, embora reconheça que houve excessos e depredações durante os protestos, é fundamental que cada ato seja individualmente investigado e julgado. Ele condenou a atitude das autoridades, incluindo o ministro Alexandre de Moraes e o Procurador-Geral da República, que, segundo ele, optaram por não individualizar as condutas e decidiram encarcerar em massa todos os envolvidos. Para o deputado, muitos dos presos sequer estavam em Brasília no dia dos atos, mas mesmo assim foram tratados como criminosos por simples associação política.


O posicionamento de Van Hattem reflete a crescente insatisfação entre parlamentares da direita e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro com as ações do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, especialmente em relação às decisões do ministro Alexandre de Moraes. O ministro tem sido alvo de críticas constantes por sua condução dos processos envolvendo os manifestantes do 8 de janeiro e pela maneira como vem lidando com opositores políticos.


Van Hattem, em seu discurso, afirmou que o tratamento dado aos manifestantes é uma "farsa", e que há uma clara intenção de utilizar o sistema judicial para sufocar a oposição política no país. Ele ressaltou que, ao não individualizar as responsabilidades e prender pessoas sem provas concretas de envolvimento nas depredações, o governo e as autoridades estão promovendo uma perseguição generalizada contra aqueles que ousaram se opor ao atual governo.


O deputado também mencionou que muitos dos presos são cidadãos comuns, trabalhadores e cristãos, que agora enfrentam penas severas por conta de uma decisão política e judicial que, em sua visão, é completamente desproporcional. Ele defendeu que as investigações devem ser justas e que os direitos humanos precisam ser aplicados de forma equitativa, independentemente das convicções políticas dos envolvidos.


O discurso de Marcel Van Hattem reflete um sentimento de revolta e indignação entre muitos parlamentares de direita, que enxergam nas decisões do STF e do governo uma tentativa de criminalizar a oposição e silenciar qualquer manifestação contrária ao governo de Lula. A anistia aos presos do 8 de janeiro tem sido um tema de intenso debate no Congresso, e a fala de Van Hattem, sem dúvida, alimentará ainda mais as tensões entre os dois lados do espectro político.


A fala do deputado foi amplamente compartilhada nas redes sociais, com muitos apoiadores aplaudindo sua coragem em enfrentar o que consideram um sistema judicial parcial e injusto. Por outro lado, críticos acusam Van Hattem de minimizar os atos de vandalismo e depredação que ocorreram durante os protestos, argumentando que os responsáveis devem ser responsabilizados por suas ações.

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