Nova pesquisa aponta queda brutal de Boulos, agora numericamente em 3º


Uma nova pesquisa eleitoral divulgada nesta quarta-feira, 11 de setembro de 2024, pelo Instituto Quaest, trouxe uma reviravolta na corrida pela Prefeitura de São Paulo. O levantamento revelou uma queda significativa nas intenções de voto para Guilherme Boulos, do PSOL, que agora ocupa a terceira posição. Enquanto isso, Ricardo Nunes, atual prefeito e candidato pelo MDB, aparece em primeiro lugar com 24%, seguido de perto por Pablo Marçal, do PRTB, com 23%. Boulos, que antes estava em segundo lugar, agora registra 21%, ficando numericamente em terceiro lugar.


Apesar da mudança na colocação, os três candidatos estão tecnicamente empatados, uma vez que a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Esse empate técnico indica que a disputa pela prefeitura ainda está aberta, com os três principais candidatos brigando voto a voto para se consolidarem no primeiro turno.


Em relação à pesquisa anterior, divulgada no final de agosto, o cenário mudou consideravelmente. Naquela ocasião, Nunes tinha 19% das intenções de voto, Marçal aparecia com 19%, e Boulos liderava com 22%. O crescimento de cinco pontos de Nunes e quatro pontos de Marçal nas últimas semanas, especialmente após o início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão, mostra uma tendência de fortalecimento de ambos, enquanto Boulos viu sua base de apoio se reduzir ligeiramente.


A ascensão de Nunes e Marçal pode ser explicada por diversos fatores. No caso do atual prefeito, sua campanha tem enfatizado sua gestão à frente da prefeitura, destacando conquistas em áreas como saúde e infraestrutura. Nunes tem se posicionado como o candidato da continuidade, defendendo que seu trabalho à frente da cidade é a melhor garantia de estabilidade e progresso. Já Pablo Marçal, conhecido por sua postura polêmica e estilo agressivo, tem conquistado espaço entre eleitores insatisfeitos com as opções mais tradicionais. Sua retórica anti-sistema e promessas de mudança radical têm ressoado com uma parcela significativa do eleitorado, o que explica seu crescimento expressivo.


Por outro lado, Guilherme Boulos, que vinha se destacando como um dos favoritos no início da campanha, parece estar perdendo fôlego. Embora ainda mantenha um forte apoio entre os eleitores de esquerda e progressistas, a queda de um ponto percentual em relação à última pesquisa indica que sua mensagem pode estar enfrentando dificuldades para atrair novos eleitores. A campanha de Boulos, focada em propostas de moradia e justiça social, pode estar encontrando resistência em um eleitorado mais dividido e polarizado.


Além dos três principais candidatos, o levantamento também mostrou a situação de outros nomes na disputa. José Luiz Datena, do PSDB, aparece com 8% das intenções de voto, mas sua candidatura tem enfrentado dificuldades. Datena sofreu uma queda de quatro pontos em relação à pesquisa anterior, e sua alta taxa de rejeição – 60%, a maior entre os candidatos – indica que sua campanha terá dificuldade em reverter essa tendência negativa. Tabata Amaral, candidata pelo PSB, também aparece com 8%, mantendo os mesmos números da pesquisa anterior. Apesar de ser uma figura jovem e com um discurso voltado para a renovação política, Tabata ainda não conseguiu conquistar um espaço significativo na disputa.


Os demais candidatos registram porcentagens baixas, com Marina Helena, do partido Novo, marcando 2% das intenções de voto, e Bebeto Haddad, do Democracia Cristã (DC), com 1%. João Pimenta, do PCO, Ricardo Senese, da Unidade Popular (UP), e Altino Prazeres, do PSTU, não pontuaram. Além disso, 5% dos eleitores afirmaram que ainda não sabem em quem votar, enquanto 8% declararam que pretendem votar em branco ou anular o voto.


Outro ponto importante da pesquisa é o nível de rejeição dos candidatos. José Luiz Datena lidera nesse quesito, com 60% dos entrevistados afirmando que não votariam nele de jeito nenhum. Guilherme Boulos aparece em segundo lugar, com 48% de rejeição, seguido de Pablo Marçal, com 41%, e Ricardo Nunes, com 34%. A rejeição é um fator crucial nesta fase da campanha, já que candidatos com altos índices de rejeição tendem a ter mais dificuldade em conquistar eleitores indecisos ou ampliar sua base de apoio.


Com a proximidade do primeiro turno, previsto para ocorrer em outubro, a corrida pela Prefeitura de São Paulo está mais acirrada do que nunca. A disputa entre Nunes, Marçal e Boulos promete ser intensa, com cada candidato buscando consolidar sua posição e atrair os eleitores indecisos. Nos próximos dias, a propaganda eleitoral e os debates entre os candidatos devem desempenhar um papel fundamental na definição das preferências do eleitorado, que continua a se movimentar conforme a campanha avança.


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