Pablo Marçal foi barrado no trio de Bolsonaro durante o ato do 7 de Setembro, que já havia terminado


No último sábado, 7 de setembro, o ex-coach e candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, protagonizou um episódio polêmico ao ser barrado ao tentar subir no trio elétrico de Jair Bolsonaro (PL) durante a manifestação na Avenida Paulista. O evento, organizado em comemoração ao Dia da Independência, contou com a participação de diversas figuras políticas, incluindo o ex-presidente Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia, um dos responsáveis pela organização do ato. Entretanto, Marçal, que chegou ao local após o encerramento das atividades, foi impedido de ter acesso ao palco.


Segundo Silas Malafaia, Marçal chegou tarde e, por isso, não teve permissão para subir no trio. “Ele chegou no final, com o ato já encerrado, e queria subir no trio. Não. Acabou, não sobe. Tanto é que a garota do Novo [Marina Helena] subiu, o prefeito [Ricardo Nunes] subiu. Sabe o que ele quer? Fazer cortes para a campanha dele”, afirmou o pastor em entrevista. O comentário de Malafaia deixou claro que, para ele, a tentativa de Marçal de acessar o trio elétrico era mais uma estratégia de autopromoção visando a campanha eleitoral do influenciador digital.


Marçal, por sua vez, divulgou uma nota à imprensa afirmando ter sido surpreendido pelo impedimento. “Essa foi só mais uma manobra frustrada dos desesperados que tentaram me silenciar, mas foram calados pelo apoio maciço e caloroso do povo”, declarou o candidato por meio de sua assessoria. A declaração foi uma tentativa de transformar o episódio em um ponto a seu favor, enfatizando que, mesmo diante de adversidades, ele teria o apoio popular.


O ex-coach chegou à manifestação de forma inusitada, desembarcando de helicóptero nas proximidades da Avenida Paulista. Após aterrissar, ele caminhou entre a multidão, interagindo com apoiadores, distribuindo autógrafos e registrando momentos para suas redes sociais. Todo o percurso foi marcado por forte interação com o público, o que reforçou sua presença entre os manifestantes. No entanto, o momento mais aguardado para Marçal – subir no trio elétrico de Bolsonaro – acabou não acontecendo.


O episódio rapidamente gerou repercussão nas redes sociais. Enquanto alguns apoiadores de Marçal criticaram a decisão de barrá-lo no palco, outros enxergaram o ato como um reflexo de um possível conflito interno entre as lideranças da direita. Nos bastidores, o impedimento foi visto por analistas políticos como uma tentativa de controlar a narrativa e manter o foco no ex-presidente Bolsonaro, evitando que outras figuras políticas pudessem dividir os holofotes no evento.


Vale lembrar que Pablo Marçal ganhou notoriedade no cenário político ao se lançar candidato à presidência em 2022, mas acabou desistindo da disputa para apoiar Jair Bolsonaro no segundo turno. Desde então, ele tem se mantido presente na política, agora concorrendo à Prefeitura de São Paulo, uma das disputas mais acirradas e de maior visibilidade do país. Seu estilo carismático e o uso intenso das redes sociais têm atraído uma base de apoiadores, principalmente entre os mais jovens e os insatisfeitos com a política tradicional.


Por outro lado, Silas Malafaia, que foi categórico em sua decisão de impedir Marçal de subir no trio, é uma das principais lideranças evangélicas do Brasil e um aliado de longa data de Bolsonaro. Malafaia tem uma forte influência entre os conservadores, especialmente no segmento evangélico, e sua atuação em eventos como o de 7 de setembro tem o intuito de reforçar a mobilização da base bolsonarista em torno do ex-presidente. Sua fala sobre Marçal revelou uma preocupação com o uso político da manifestação, especialmente por parte de outros candidatos que tentam capitalizar em cima da popularidade de Bolsonaro.


O próprio Jair Bolsonaro fez um discurso emocionado durante o ato na Avenida Paulista, no qual agradeceu o apoio de seus seguidores e mencionou a importância de manter a luta pela liberdade e pelos valores conservadores. O ex-presidente, que enfrenta uma série de desafios políticos e judiciais, tem mantido sua agenda de aparições públicas e continua sendo uma figura central para a direita brasileira.


Apesar do impasse com Marçal, o evento transcorreu conforme planejado e contou com a participação de outras figuras políticas, como a candidata Marina Helena, do Partido Novo, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que subiram no trio durante o ato. A presença dessas personalidades foi vista como uma forma de demonstrar a pluralidade de apoio a Bolsonaro, sem permitir que outros candidatos tentassem utilizar o palco para fins eleitorais.


A campanha de Pablo Marçal, por sua vez, segue focada nas eleições municipais de 2024, onde ele busca se consolidar como uma alternativa ao atual prefeito Ricardo Nunes e aos demais concorrentes. O episódio do 7 de setembro, embora tenha gerado um obstáculo momentâneo, foi usado por Marçal para reforçar seu discurso de que estaria sendo alvo de tentativas de silenciamento, algo que ele pretende explorar durante sua corrida eleitoral.


O cenário político na capital paulista se mostra cada vez mais competitivo, com candidatos tentando atrair a atenção do eleitorado em meio a uma série de eventos e manifestações de grande visibilidade. A disputa pela Prefeitura de São Paulo promete ser uma das mais acirradas dos últimos anos, e figuras como Pablo Marçal devem continuar buscando maneiras de se destacar no cenário nacional e local.

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