URGENTE: Nova pesquisa da AtlasIntel tira Nunes do 2º turno


Uma nova pesquisa divulgada pela AtlasIntel nesta segunda-feira, 30 de setembro de 2024, apresenta um cenário eleitoral bastante acirrado na corrida pela Prefeitura de São Paulo. O levantamento, que traz resultados surpreendentes, coloca o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) fora de uma possível disputa de segundo turno. Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) aparecem praticamente empatados nas intenções de voto, com 29,4% e 25,4%, respectivamente, enquanto Nunes registra 22,9%, ficando em terceiro lugar.


O levantamento também destaca a performance de outros candidatos. A deputada federal Tabata Amaral (PSB) aparece com 11,9% das intenções de voto, Marina Helena (NOVO) marca 4,2%, e o apresentador José Luiz Datena (PSDB) tem 3,2%. Os demais candidatos não ultrapassam 1% de apoio entre os eleitores. Vale destacar que 0,4% dos entrevistados afirmaram que pretendem votar em branco ou nulo, enquanto 2,1% se declararam indecisos.


Este cenário indica uma disputa polarizada entre Boulos e Marçal, com Nunes, que tentava a reeleição, perdendo fôlego à medida que a campanha se intensifica. Se os números da pesquisa se confirmarem nas urnas, São Paulo deverá ter um embate de segundo turno entre dois candidatos com visões políticas diametralmente opostas.


Guilherme Boulos, ativista e líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), representa uma ala mais à esquerda do espectro político, com uma plataforma voltada para pautas sociais e urbanas, como a habitação popular e a defesa dos direitos dos trabalhadores. Já Pablo Marçal, empresário e coach, surge como o nome de maior destaque na direita. Conhecido por suas ideias voltadas para o empreendedorismo e pela defesa de valores conservadores, ele tem conquistado parte do eleitorado que tradicionalmente se alinha com posições mais à direita e que, até então, estava dividido entre várias candidaturas.


Um dos aspectos que podem pesar contra Guilherme Boulos na reta final da campanha é uma confissão feita durante o debate realizado na noite de domingo, quando o candidato admitiu que já fez uso de maconha. A declaração, embora vista com naturalidade por parte do eleitorado jovem e progressista, pode alienar eleitores mais conservadores e, eventualmente, ser utilizada como arma política por seus adversários. Analistas acreditam que Pablo Marçal, que representa um segmento do eleitorado mais alinhado a valores familiares e morais, pode se beneficiar desse deslize de Boulos. A confissão pode ser amplamente explorada nas próximas semanas, sobretudo entre eleitores indecisos ou inclinados a votar em candidatos com propostas mais conservadoras.


Esse novo cenário também sinaliza uma provável união da direita em torno de Pablo Marçal. Com Ricardo Nunes perdendo terreno, é esperado que os eleitores de direita que estavam divididos entre ele e outros candidatos, como Datena, migrem em direção a Marçal. Essa consolidação do voto conservador pode fortalecer sua candidatura e torná-lo um rival ainda mais competitivo contra Boulos no segundo turno.


A dinâmica de uma eventual disputa entre Boulos e Marçal promete ser intensa. Enquanto o candidato do PSOL deve continuar apostando em sua trajetória de lutas sociais e críticas ao modelo econômico atual, Marçal deve reforçar seu discurso de mudança, com foco em gestão e empreendedorismo. Ambos têm personalidades fortes e visões de mundo bastante contrastantes, o que deve tornar os debates e a campanha de segundo turno ainda mais polarizados.


Outro aspecto importante que a pesquisa da AtlasIntel revela é o baixo desempenho de Tabata Amaral, que, mesmo sendo um nome relativamente novo na política e com grande visibilidade na Câmara dos Deputados, não conseguiu até o momento traduzir sua popularidade nacional em intenções de voto na capital paulista. Marina Helena e José Luiz Datena, por sua vez, parecem ter dificuldade em se firmar como alternativas viáveis, com pontuações modestas, o que também reforça a tendência de concentração de votos nos dois principais candidatos.


Com os eleitores indecisos representando apenas 2,1% do total e uma pequena parcela declarando voto em branco ou nulo, a disputa parece cada vez mais clara. A reta final da campanha será crucial para definir qual dos dois candidatos, Boulos ou Marçal, conseguirá angariar mais apoio e conquistar a vaga no segundo turno. Ambos terão que lidar com suas próprias dificuldades – Boulos com a repercussão de sua declaração polêmica e Marçal com o desafio de consolidar sua base e atrair novos eleitores.


De qualquer forma, a cidade de São Paulo se encaminha para uma disputa decisiva que coloca em jogo não apenas o futuro da gestão municipal, mas também temas mais amplos, como a relação entre política, economia e sociedade. A escolha entre Boulos e Marçal representaria, em muitos aspectos, uma escolha entre dois modelos de cidade e de país, com implicações que vão além dos limites da capital paulista.

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