URGENTE: Pesquisa Quaest aponta para Boulos fora do 2º turno


A mais recente pesquisa divulgada pela Quaest em 30 de setembro de 2024 trouxe uma nova dinâmica à corrida eleitoral para a prefeitura de São Paulo, com Guilherme Boulos (PSOL) sendo superado pelos candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB). De acordo com os dados, Nunes lidera a disputa com 24% das intenções de voto, seguido por Marçal com 23%, enquanto Boulos aparece com 21%. Embora os três candidatos estejam tecnicamente empatados, devido à margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, o cenário indica que Boulos pode estar fora do segundo turno, marcando uma mudança significativa no quadro eleitoral.


A pesquisa revela que Nunes e Marçal têm ganhado força nos últimos meses. Ricardo Nunes, atual prefeito de São Paulo, subiu cinco pontos em relação à pesquisa anterior de agosto, quando tinha 19% das intenções de voto. Marçal também apresentou crescimento expressivo, avançando de 19% para 23%. Já Boulos, que vinha liderando ou mantendo uma posição confortável nas pesquisas anteriores, oscilou para baixo, caindo de 22% para 21%. Embora a diferença entre os três principais candidatos ainda esteja dentro da margem de erro, essa leve queda de Boulos pode ser decisiva nas semanas finais da campanha, especialmente com o primeiro turno se aproximando e a disputa cada vez mais apertada.


O cenário de rejeição dos candidatos também oferece uma visão importante sobre as dificuldades enfrentadas por alguns deles. José Luiz Datena (PSDB), que aparece com apenas 8% das intenções de voto, lidera com uma alta taxa de rejeição de 60%. Esse número elevado pode explicar a estagnação do apresentador nas pesquisas, mesmo sendo uma figura amplamente conhecida. Em seguida, Guilherme Boulos tem 48% de rejeição, o que pode estar prejudicando sua capacidade de crescimento entre os eleitores paulistanos. Marçal, por sua vez, registra uma rejeição de 41%, enquanto Ricardo Nunes aparece como o menos rejeitado entre os líderes da disputa, com 34%.


A mudança no comportamento do eleitorado paulistano reflete uma inclinação para alternativas mais centristas ou conservadoras. Guilherme Boulos, associado à esquerda progressista, liderava confortavelmente há poucos meses, mas a recente subida de Nunes e Marçal sugere que os eleitores estão buscando opções que representem a continuidade, no caso de Nunes, ou uma ruptura com o sistema político tradicional, como é o discurso de Marçal. Ricardo Nunes, que assumiu o comando da prefeitura após a morte de Bruno Covas, tem feito uma campanha baseada na continuidade dos projetos de seu antecessor e na gestão eficiente da cidade. Por outro lado, Pablo Marçal, um empresário e outsider da política, conquistou uma parcela significativa do eleitorado com sua promessa de inovação, combate à corrupção e uma abordagem mais prática para os problemas urbanos.


A pesquisa também analisou o desempenho de outros candidatos. José Luiz Datena e a deputada federal Tabata Amaral (PSB) estão empatados com 8% das intenções de voto, o que os deixa em uma posição distante dos líderes. Ambos os candidatos terão que trabalhar arduamente nas próximas semanas para tentar melhorar seus números, mas o distanciamento em relação ao trio principal sugere que a tarefa será difícil. Marina Helena, do partido Novo, aparece com 2% das intenções de voto, enquanto Bebeto Haddad (DC) tem 1%. Outros candidatos, como João Pimenta (PCO), Ricardo Senese (UP) e Altino Prazeres (PSTU), não pontuaram.


Um dado que merece atenção é o contingente de eleitores indecisos ou que pretendem votar em branco ou nulo. A pesquisa mostra que 5% dos eleitores ainda não sabem em quem votar, enquanto 8% declararam que pretendem votar em branco ou anular o voto. Esses eleitores podem ser decisivos nas semanas finais da campanha, especialmente em uma corrida tão equilibrada como esta. Os candidatos que estão tecnicamente empatados no topo das pesquisas terão que trabalhar com estratégias precisas para conquistar esses votos indecisos e consolidar suas posições até o dia da eleição.


A rejeição continua sendo um fator determinante para o sucesso ou fracasso dos candidatos. Boulos, com 48% de rejeição, precisará encontrar maneiras de reduzir essa barreira se quiser continuar na disputa. Essa tarefa se torna ainda mais urgente à medida que ele perde espaço para Nunes e Marçal. Pablo Marçal, com rejeição de 41%, também enfrentará desafios para manter seu crescimento sem que essa rejeição aumente. Já Ricardo Nunes, com a menor rejeição entre os três principais candidatos, está em uma posição relativamente confortável, mas ainda precisa expandir sua base de apoio para garantir sua liderança até o primeiro turno.


Esses resultados mostram que a eleição para a prefeitura de São Paulo está longe de ser decidida. Mesmo com Nunes e Marçal ultrapassando Boulos numericamente, a margem de erro deixa a disputa aberta, e qualquer variação nas próximas semanas pode alterar significativamente o cenário. O desempenho nos debates, as campanhas nas redes sociais e o impacto das propagandas eleitorais serão fatores cruciais para determinar quem avançará para o segundo turno.


Em um cenário político cada vez mais polarizado e incerto, os eleitores paulistanos terão que decidir entre propostas que representam continuidade, inovação ou mudanças profundas. A campanha eleitoral entra agora em sua fase decisiva, e o caminho para o segundo turno promete ser disputado até o último voto.

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