Bolsonaro compartilha vídeo do bispo denunciando a tirania: ‘somos um país mergulhado numa ditadura’; VEJA O VÍDEO


 O ex-presidente Jair Bolsonaro compartilhou em suas redes sociais um trecho de sermão realizado pelo bispo da Diocese de Formosa, Dom Adair José Guimarães. No vídeo, o bispo faz críticas diretas à situação política e econômica do Brasil, destacando a existência de "presos políticos" e uma "crise de liberdade" que estaria afetando o país. Durante o sermão, Dom Adair utiliza um versículo bíblico que diz "quando o ímpio governa, o povo geme", para justificar sua posição crítica em relação ao governo atual. Ele segue afirmando: "Nós estamos sendo governados por ímpios", reforçando a ideia de que o Brasil está vivendo sob uma liderança que prejudica a população.


Em seu discurso, Dom Adair enfatiza que o Brasil se encontra mergulhado em uma ditadura, onde a liberdade dos cidadãos estaria sendo restringida de diversas maneiras. Ele denuncia o que considera ser um sistema judicial parcial e desigual, onde muitos enfrentam processos sem direito ao contraditório. "Nós somos um país mergulhado numa ditadura onde não se tem mais liberdade, onde nós temos milhares de pessoas sofrendo com processos sem direito do contraditório", afirmou o bispo, apontando para um cenário em que, segundo ele, a justiça brasileira privilegia determinados grupos em detrimento de outros.


Em um dos pontos mais polêmicos de seu sermão, Dom Adair cita o caso de uma mãe que, por conta de um batom, foi condenada a 17 anos de prisão, impedida de cuidar dos próprios filhos. Em contrapartida, ele menciona a situação da esposa de um político corrupto do Rio de Janeiro que, apesar de condenada a mais de 80 anos, foi libertada para cuidar dos filhos. “Como pode uma mãe, por causa de um batom, pegar 17 anos tendo seus dois filhos pequenos e não podendo ficar nem presa em casa para cuidar dos filhos? Mas a esposa do corrupto do Rio de Janeiro, ele que pegou 400 e tantos anos de cadeia, já está solto, e ela que pegou mais de 80 e já está solta por causa dos filhos. Esses têm direitos", questionou o bispo, sugerindo que há uma disparidade gritante na aplicação da lei no país.


Ao longo do sermão, o bispo reforça a sua crítica ao que considera uma inversão de valores no Brasil. Para Dom Adair, atualmente, os direitos são assegurados àqueles que ele classifica como "do lado estranho", enquanto os defensores de família, liberdade, fé, e propriedade privada estariam sendo marginalizados. "Hoje, no Brasil, é beneficiado quem é do lado estranho, mas quem defende família, quem defende liberdade, quem defende a religião, a fé, quem defende a propriedade privada, parece que não tem mais direito", afirmou o bispo, demonstrando sua insatisfação com o cenário político e jurídico do país.


Dom Adair também trouxe à tona a questão dos chamados "presos políticos" e "exilados políticos" brasileiros, além de criticar a censura que, segundo ele, tem sido imposta a diversos meios de comunicação, parlamentares e influenciadores digitais. "Nós temos presos políticos, nós temos exilados políticos, nós temos pessoas com suas mídias cassadas. Isso não é próprio de uma democracia", disse o bispo, sugerindo que o Brasil não está mais vivendo sob um regime democrático pleno. Em suas palavras, o que se vive no país atualmente seria uma "ditadura da toga", onde o poder Judiciário, especialmente o Supremo Tribunal Federal (STF), teria instaurado uma série de medidas repressivas.


O bispo fez referência a ações judiciais que afetaram veículos de mídia conservadores, como a Folha Política, destacando o confisco de rendimentos e a apreensão de equipamentos. De acordo com ele, o jornal, que defende pautas conservadoras e valores de direita, teve sua sede invadida e seus equipamentos confiscados por ordem do ministro Alexandre de Moraes, em uma tentativa de silenciá-lo. Apesar das dificuldades, Dom Adair exaltou o esforço da equipe do veículo, que, mesmo diante dessas circunstâncias, continuou a operar e a transmitir informações para o público. "A Folha Política teve sua sede invadida e TODOS os seus equipamentos apreendidos, a mando do ministro Alexandre de Moraes. Mesmo assim, a equipe continuou trabalhando como sempre, de domingo a domingo, dia ou noite", mencionou o bispo, ressaltando a persistência do jornal.


A crítica de Dom Adair se estende também à mídia tradicional, a qual ele acusa de fazer parte de uma "espiral do silêncio", ao omitir certas informações que, em sua visão, seriam de interesse público, mas que não estão de acordo com a narrativa predominante. Ele conclui afirmando que o Brasil vive um momento crítico, onde a liberdade de expressão e o direito ao contraditório estão sendo sufocados, especialmente para aqueles que defendem valores conservadores e religiosos. O sermão de Dom Adair, amplamente divulgado por Jair Bolsonaro, reforça a polarização do debate político no país e evidencia as tensões entre diferentes setores da sociedade brasileira.


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