A jornalista e agora candidata Cristina Graeml tem chamado a atenção pela forma incisiva com que defende suas posições políticas e pelos confrontos que tem travado em debates públicos. Em mais um desses episódios, durante uma sabatina com jornalistas do portal Bem Paraná, Cristina demonstrou sua habilidade em lidar com adversários que, em sua visão, têm uma abordagem militante. Durante a entrevista, ela se manteve firme em seus argumentos, o que resultou em um embate acalorado, especialmente quando o assunto abordado foi o julgamento dos manifestantes envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2024.
O ponto central que causou mais tensão durante a sabatina foi a opinião de Cristina sobre o papel do Supremo Tribunal Federal no julgamento dos manifestantes do 8 de janeiro. Desde o início de sua candidatura, Cristina tem sido uma crítica contumaz da atuação do STF nesse caso, argumentando que a corte está extrapolando suas competências ao julgar pessoas que não possuem foro privilegiado. Para a jornalista, esse tipo de julgamento deveria ser conduzido por instâncias jurídicas ordinárias e não pelo Supremo, que, segundo ela, estaria agindo de forma arbitrária ao tratar essas pessoas como se fossem autoridades de alto escalão.
Durante a entrevista, as jornalistas do Bem Paraná, que Cristina rotulou como “militantes”, tentaram colocar a candidata em uma posição desconfortável, pressionando-a sobre seus posicionamentos. No entanto, Cristina manteve a calma e respondeu de forma direta, utilizando argumentos jurídicos e citando princípios constitucionais, como a defesa da liberdade de expressão e do devido processo legal. Esses dois pilares, segundo ela, são essenciais em uma democracia e estariam sendo negligenciados no caso dos manifestantes. Para Cristina, a forma como o STF vem lidando com os acusados tem violado esses princípios, algo que ela considera inaceitável.
O embate com as jornalistas também trouxe à tona o posicionamento de Cristina sobre a liberdade de expressão. A candidata destacou que, em sua visão, muitas das pessoas que participaram das manifestações de 8 de janeiro não estavam envolvidas em atos de violência ou vandalismo, mas estavam exercendo seu direito de protesto. Para ela, essas pessoas estão sendo injustamente perseguidas e criminalizadas, e o Supremo estaria agindo de forma politizada ao julgá-las como criminosos sem distinção. Cristina tem repetido em diversas ocasiões que defenderá até o fim o direito das pessoas se expressarem livremente, desde que dentro dos limites da lei.
Ao longo da sabatina, ficou claro o desconforto das entrevistadoras com as respostas de Cristina. Em alguns momentos, elas tentaram interrompê-la ou desviar o foco da discussão, mas a candidata, demonstrando tranquilidade e firmeza, não se deixou abalar. O momento mais marcante da entrevista foi quando Cristina, em uma resposta contundente, afirmou que a mídia brasileira, em muitos casos, atua de forma tendenciosa e alinhada a determinadas agendas políticas. Segundo ela, essa postura acaba prejudicando o debate público e minando a confiança da população na imprensa. Foi nessa linha de raciocínio que ela argumentou que muitos jornalistas, ao invés de exercerem um papel de isenção, acabam se tornando militantes de causas específicas, o que, para ela, enfraquece a credibilidade do jornalismo.
Esse confronto direto com jornalistas de veículos que, segundo Cristina, têm uma linha editorial enviesada, é algo que vem fortalecendo sua imagem entre seus apoiadores. Muitos enxergam nela uma figura que não teme o embate e que está disposta a confrontar o que vê como injustiças, mesmo que isso signifique se colocar contra grandes instituições, como o STF, ou desafiar a mídia tradicional. Isso, inclusive, pode explicar o crescimento de sua candidatura em Curitiba. O fato de não ser uma “profissional da política”, como ela mesma gosta de dizer, tem atraído eleitores que buscam uma alternativa fora do que consideram ser o establishment político.
Cristina também destacou durante a sabatina que seu foco é justamente a defesa de princípios constitucionais que, em sua visão, têm sido sistematicamente violados nos últimos anos. Ela reafirmou seu compromisso em lutar pela liberdade de expressão e pelo direito ao devido processo legal, argumentando que, sem esses direitos fundamentais, a democracia brasileira corre sérios riscos. Para seus eleitores, a postura firme de Cristina em defesa dessas bandeiras é vista como um sopro de esperança em um cenário político marcado por polarização e incertezas.
Ao final da entrevista, Cristina Graeml saiu aparentemente fortalecida. Nas redes sociais, seus apoiadores rapidamente compartilharam trechos da sabatina, celebrando o que chamaram de “a vitória da verdade sobre a militância”. O vídeo do confronto já circula em diversos grupos e páginas, consolidando ainda mais a imagem de Cristina como uma candidata disposta a lutar contra aquilo que considera ser o “sistema”. Seja qual for o desfecho de sua candidatura, uma coisa é certa: Cristina Graeml conseguiu se posicionar como uma voz forte e combativa em um cenário político marcado por tensões e conflitos de ideias. Sua postura incisiva e suas convicções firmes continuarão a ecoar entre seus apoiadores, enquanto seus opositores tentam encontrar uma maneira de enfrentá-la nos debates que ainda estão por vir.
VEJA LINCHADORAS ENGOLINDO VERDADES
— Fernao Lara Mesquita (@fernaolmesquita) October 19, 2024
A entrevistada é Cristina Graeml, jornalista que se tornou candidata e concorre à prefeitura de Curitiba no 2o turno. pic.twitter.com/eXzYtPOzAw