Em fortes declarações, Silas Malafaia se revolta contra o STF (veja o vídeo)

 Em um vídeo recente publicado em suas redes sociais, o pastor Silas Malafaia fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) após a anulação das condenações da Operação Lava Jato impostas a José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil. O desabafo, gravado nesta quarta-feira (30), destacou a insatisfação do pastor com o que considera uma injustiça e uma interferência política nas decisões judiciais do país. “Que país é esse? Que Justiça é essa?”, questionou Malafaia, expressando uma revolta que reflete o sentimento de parte da população brasileira com relação ao atual cenário jurídico e político.


José Dirceu, condenado a mais de 30 anos de prisão por envolvimento em esquemas de corrupção desvendados pela Lava Jato, teve suas penas anuladas recentemente. O pastor salientou que a condenação de Dirceu não foi uma decisão isolada do então juiz Sergio Moro, mas que foi confirmada por instâncias superiores, incluindo a segunda e a terceira instância do Judiciário brasileiro. Além disso, lembrou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não apoiou a liberação do ex-ministro, mostrando, segundo Malafaia, que houve discordância institucional sobre a anulação das condenações. “Foi condenado na segunda e terceira instância. E agora está livre, leve e solto”, declarou, demonstrando indignação com o tratamento dado ao ex-ministro.

Malafaia também relembrou o caso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve suas condenações na Lava Jato anuladas pelo ministro Edson Fachin, uma decisão que permitiu que Lula retornasse à cena política e participasse das eleições de 2022. O pastor criticou a atuação de Fachin, mencionando que ele teria sido “cabo eleitoral” da ex-presidente Dilma Rousseff, destacando o que, na visão dele, seria um claro viés político do magistrado. Malafaia mencionou que o próprio STF já havia reconhecido os crimes de Lula em decisões anteriores, nas quais negou pedidos de habeas corpus do ex-presidente, e que as reversões dessas decisões refletem uma incoerência preocupante dentro do sistema judicial.

Para Malafaia, a anulação das condenações de Lula e Dirceu não só coloca em xeque o trabalho da Lava Jato como também sinaliza uma perda de confiança nas instituições jurídicas. Ele reforçou que a percepção pública é de que o STF estaria agindo para favorecer interesses específicos, o que, em sua visão, comprometeria a imparcialidade e a credibilidade da Justiça no país. “Eu fico com vergonha do que estou assistindo neste país”, lamentou o pastor, dizendo que as ações da Suprema Corte estariam destruindo a confiança da sociedade em um sistema que deveria ser justo e isento de interferências políticas.

Outro ponto abordado por Malafaia foi a decisão do STF de manter a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, decisão que ele considera claramente tendenciosa. Para o pastor, se o STF confirmar a inelegibilidade de Bolsonaro, isso apenas corroborará que a Corte se tornou um “braço político do PT e da esquerda”. Ele argumenta que tal postura evidenciaria a perda de imparcialidade do STF, transformando-o em um órgão com propósitos políticos em vez de judiciais. Em suas palavras, a manutenção dessa postura comprometeria a “condição moral de ser uma Suprema Corte”, uma crítica direta ao papel desempenhado pelo STF nos últimos anos.

A fala de Malafaia se soma a um crescente descontentamento de figuras conservadoras e da direita política em relação ao Supremo Tribunal Federal. Muitos veem as decisões recentes da Corte como reflexos de uma orientação ideológica que favorece a esquerda e desconsidera o princípio de imparcialidade que deveria reger a Justiça. Para os críticos, a anulação das condenações de figuras envolvidas em escândalos de corrupção e a inelegibilidade de opositores políticos seriam sintomas de um sistema que privilegia determinados grupos em detrimento de outros.

O pastor, que é uma das vozes mais influentes no meio evangélico brasileiro, frequentemente expressa suas opiniões políticas e jurídicas com contundência. Sua posição reflete uma insatisfação crescente entre brasileiros que acreditam que a Lava Jato foi um marco no combate à corrupção e que seus resultados deveriam ser respeitados e mantidos, independentemente de mudanças no cenário político. Para esses cidadãos, as decisões que anulam condenações e permitem o retorno de figuras antes impedidas de atuar politicamente representam uma ameaça ao legado de combate à corrupção no país.

Em sua manifestação, Malafaia reiterou que seu desabafo não é apenas uma crítica isolada ao STF, mas sim uma defesa do que ele considera ser a verdadeira justiça e o respeito ao trabalho das instituições que atuaram para combater a corrupção no Brasil. Em sua visão, decisões como as anulações das condenações de Dirceu e Lula enfraquecem a luta anticorrupção e reforçam um sentimento de impunidade, afastando ainda mais a população do sentimento de justiça.

A fala de Silas Malafaia gerou ampla repercussão nas redes sociais, onde milhares de pessoas compartilharam o vídeo, muitas delas concordando com as críticas feitas pelo pastor. Seu posicionamento coloca em evidência o atual momento de polarização no Brasil, em que decisões judiciais acabam sendo interpretadas à luz das convicções políticas de cada grupo, intensificando a divisão social e política no país. Para Malafaia e muitos de seus apoiadores, o que está em jogo é a integridade do sistema jurídico brasileiro e a garantia de que a justiça será aplicada de forma justa e equânime, sem favorecimentos políticos ou ideológicos.

A indignação de Malafaia com o Supremo Tribunal Federal evidencia o descontentamento com o que muitos brasileiros percebem como uma tendência do Judiciário em se alinhar com determinados interesses políticos. Em seu vídeo, o pastor resumiu o sentimento de frustração ao questionar “que país é esse?”, ecoando o desejo de mudanças significativas no sistema judicial brasileiro. A crítica de Malafaia se soma a outras manifestações de insatisfação com o STF e reforça o apelo por uma revisão das posturas adotadas pelo Judiciário nos últimos anos.
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