Jornalista militante do UOL faz pergunta medíocre e desrespeitosa, mas é triturado por Cristina Graeml (veja o vídeo)


 O jornalismo militante tem se consolidado como um fenômeno marcante nos cenários político e eleitoral atuais, onde a disputa de narrativas muitas vezes ultrapassa a fronteira da imparcialidade. Esse estilo de cobertura, que frequentemente mira em desqualificar candidatos com visões políticas distintas das suas, ficou evidente durante a recente sabatina promovida pelo UOL com Cristina Graeml, jornalista e candidata à prefeitura de Curitiba. O evento serviu como exemplo de como a imprensa, em vez de buscar a neutralidade, por vezes recorre a táticas que colocam os candidatos em situações incômodas para desgastar suas imagens, especialmente quando estes representam valores contrários à linha editorial adotada pelo veículo.


Desde o início da entrevista, Graeml enfrentou uma sequência de perguntas que soaram provocativas e, em determinados momentos, ultrapassaram o limite do respeito. As indagações não apenas desviaram do foco municipal e administrativo, como pareciam desenhadas para desconstruir suas posições e testar sua capacidade de resposta diante de temas que pouco ou nada se relacionavam com a eleição para a prefeitura. Esse estilo de questionamento, que muitos espectadores avaliaram como apelativo, fez com que a postura da candidata Cristina Graeml ganhasse destaque. Mostrando calma, ela conseguiu lidar com as provocações, oferecendo respostas firmes e seguras, sem cair em armadilhas que poderiam prejudicar sua imagem.


Um dos momentos mais emblemáticos ocorreu quando um dos jornalistas buscou trazer à tona os eventos de 8 de janeiro de 2023. A data, marcada pela invasão das sedes dos três poderes em Brasília por manifestantes que questionavam os resultados das eleições presidenciais, ainda é um tema sensível na política nacional. Contudo, esse episódio não apresenta conexão direta com a eleição para a prefeitura de Curitiba. O jornalista, ao inserir essa questão na sabatina, parecia querer associar Graeml a um acontecimento nacional, pressionando-a a tomar uma posição sobre o episódio que nada dizia respeito ao contexto da gestão municipal.


Cristina, no entanto, respondeu de forma contundente e articulada. Em vez de desviar ou se perder diante do questionamento, ela reagiu de modo direto, colocando o entrevistador em uma posição desconfortável ao questionar a relevância da pergunta no contexto em que estavam. Seu preparo para lidar com situações assim, nas quais a entrevista parece se transformar em um teste de resistência, chamou a atenção do público e fortaleceu sua imagem como candidata capaz de enfrentar questionamentos difíceis. Com uma postura firme, Graeml expôs o viés da sabatina, destacando que o debate deveria estar centrado em propostas locais, voltadas ao futuro de Curitiba e aos problemas reais da população, não em polêmicas de âmbito nacional que, além de desgastadas, pouco contribuíam para a discussão sobre as eleições municipais.


A reação de Graeml repercutiu amplamente, tanto nas redes sociais quanto entre os apoiadores e críticos de sua candidatura. De um lado, simpatizantes elogiaram sua firmeza, considerando que ela mostrou maturidade e preparo diante de um cenário adverso. Para muitos, a maneira como Cristina respondeu consolidou sua postura de resistência e sua habilidade de enfrentar críticas sem perder a compostura. Por outro lado, seus opositores argumentaram que a candidata se esquivou de um tema importante, ignorando a responsabilidade de abordar eventos de impacto nacional. Esses críticos, contudo, parecem não considerar que a ocasião demandava uma discussão sobre políticas públicas locais e soluções para Curitiba, e não uma explanação sobre questões federais.


A postura de Cristina Graeml na sabatina também alimenta um debate maior sobre os limites do jornalismo militante na cobertura de eleições. A prática de conduzir entrevistas com uma abordagem combativa, buscando desestabilizar ou desqualificar candidatos com perguntas que fogem do contexto, levanta questionamentos sobre a verdadeira função da imprensa em períodos eleitorais. Se, por um lado, os veículos de comunicação têm o papel de fiscalizar candidatos, por outro, há uma linha tênue entre a fiscalização saudável e o viés que favorece ou prejudica determinadas posições políticas. Quando o jornalismo se aproxima da militância, muitos questionam se a informação passada ao público realmente ajuda na construção de uma visão clara e justa das opções eleitorais.


Para Cristina Graeml, a experiência na sabatina do UOL parece ter sido mais um degrau em sua trajetória política, fortalecendo-a como candidata. Ao demonstrar autocontrole e habilidade para driblar o viés do jornalismo militante, ela atraiu a atenção dos eleitores que valorizam um candidato que não se intimida diante de ataques. No final das contas, o episódio pode ter reforçado uma das qualidades que seus apoiadores mais prezam: a capacidade de se posicionar de forma clara e objetiva, mesmo em um ambiente hostil.


A sabatina do UOL, que deveria ter sido uma oportunidade de os eleitores conhecerem melhor as propostas de Cristina para Curitiba, se tornou uma espécie de teste de resistência para a candidata. Se o objetivo do jornalismo militante era desestabilizá-la, o efeito parece ter sido contrário: Graeml saiu do encontro fortalecida, reafirmando seu compromisso com uma postura independente e transparente.
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