Pesquisa indica que Marçal tem chances reais de liquidar a fatura no 1º turno

 
Uma nova pesquisa trouxe resultados surpreendentes para o cenário eleitoral em São Paulo, indicando que o candidato Marçal pode ter chances reais de vencer a disputa no primeiro turno. Até pouco tempo, a possibilidade de liquidar a fatura já no primeiro turno era vista por muitos como um exagero ou uma bravata, mas, segundo os novos dados, essa ideia pode ter sido uma estratégia bem planejada.


De acordo com os números divulgados, Marçal está liderando com folga, alcançando o dobro da intenção de votos de Guilherme Boulos e três vezes mais que o atual prefeito, Ricardo Nunes. No entanto, muitos eleitores ainda não têm conhecimento desses números, em parte devido à cobertura limitada da mídia tradicional. Grande parte da classe média, por exemplo, segue inclinada a votar em Nunes, influenciada pela falsa ideia de que Marçal teria um índice de rejeição de 53%.


O que os analistas têm ressaltado é que muitas pesquisas de intenção de voto estão deixando de lado um fator crucial: a porcentagem de eleitores que se declaram indecisos, que chega a 16%. Porém, esses eleitores não estão divididos entre dois candidatos tradicionais. A grande questão para eles é decidir se votarão ou não em Marçal. Esse fenômeno é conhecido como o “voto envergonhado”, em que eleitores não se sentem confortáveis em revelar publicamente sua intenção de voto, mas têm Marçal como uma opção concreta.


Uma das perguntas feitas por uma empresa de pesquisa que abordou esse fenômeno é “Quem você acha que será eleito nesta eleição?”. Os resultados mostram Marçal com 46% das respostas, o que pode indicar que os eleitores envergonhados não têm receio em prever a vitória do candidato, mesmo que não declarem abertamente o voto.


A pergunta que resta agora é se Marçal conseguirá os 4% adicionais necessários para garantir a vitória no primeiro turno. A corrida eleitoral está apertada, e fatores como o comportamento dos eleitores indecisos e possíveis mudanças de voto na reta final serão decisivos. Quantos eleitores de Marina Helena poderão mudar sua intenção de voto de última hora? Quantos eleitores que inicialmente pretendiam votar em Nunes para evitar a vitória de Boulos reconsiderarão e decidirão votar em Marçal, liquidando a eleição no primeiro turno?


Outro ponto levantado na pesquisa é o possível impacto dos eleitores que consideravam votar em José Luiz Datena. Para muitos, a percepção de que Marçal pode ganhar no primeiro turno pode ser um incentivo para mudar o voto e apoiar um candidato com mais chances de vencer, evitando a sensação de ter “perdido” o voto.


Além dos fatores tradicionais, Marçal conta com uma "carta na manga" que pode fazer toda a diferença: uma quantidade significativa de paulistanos que residem em cidades vizinhas estão se mobilizando para votar nele no dia da eleição. Estima-se que cerca de 300 mil eleitores nessa situação pretendem vir a São Paulo para votar em Marçal. Esse número representa aproximadamente 10% do eleitorado, o que pode ser suficiente para garantir sua vitória já no primeiro turno.


Todos os dias, cerca de 1,8 milhão de pessoas se deslocam de cidades vizinhas para trabalhar em São Paulo. Embora não se saiba ao certo quantos desses trabalhadores nasceram na capital e votam nela, é possível que um terço desse contingente, algo próximo de 900 mil eleitores, seja a favor de Marçal. Esse grupo tende a se identificar com as propostas do candidato, que prometeu melhorar o trânsito na cidade, um dos principais problemas enfrentados por quem precisa se deslocar diariamente para a capital.


A campanha de Marçal tem atingido não apenas os eleitores da cidade, mas também paulistanos que vivem em outras partes do Brasil. Ele tem incentivado esses eleitores a entrarem em contato com familiares e amigos que ainda moram em São Paulo, pedindo que votem nele. Esse engajamento tem feito da campanha de Marçal uma verdadeira mobilização nacional, o que pode ser um fator decisivo para sua vitória.


Se os números se confirmarem e Marçal alcançar 49,9% dos votos, faltando apenas uma pequena fração para vencer no primeiro turno, aqueles que optarem por votar em Nunes podem ser responsabilizados por forçar um segundo turno. Essa possibilidade tem levado muitos eleitores a repensarem suas escolhas, para evitar a necessidade de uma nova rodada de votação.


Por trás de toda essa estratégia está a inteligência de Marçal, que, desde o início de sua campanha, soube explorar o potencial do eleitorado envergonhado e mobilizar paulistanos de outras cidades. Enquanto muitos candidatos focavam em eleitores tradicionais, Marçal seguiu um caminho diferente, e os resultados dessa abordagem começam a aparecer.


No próximo domingo, a expectativa é que sua campanha possa celebrar uma vitória já no primeiro turno, algo que, há alguns meses, parecia improvável. Com a mobilização crescente e o engajamento de eleitores de fora da cidade, Marçal parece estar a poucos passos de garantir seu lugar como o novo prefeito de São Paulo.

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