Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 3 de outubro de 2024, pelo Instituto Veritá revelou que o empresário Pablo Marçal está na liderança da corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, com uma vantagem significativa em relação aos seus principais adversários. Marçal, que vem se destacando por sua retórica focada em empreendedorismo e renovação política, aparece com 35,7% das intenções de voto, o que o coloca em uma posição confortável para o primeiro turno das eleições municipais.
Em segundo lugar na pesquisa, Guilherme Boulos, candidato pelo PSOL, registra 27,4% das intenções de voto. Boulos, conhecido por seu ativismo social e forte presença entre eleitores de esquerda, mantém uma base sólida de apoio, mas a diferença para Marçal parece aumentar à medida que a eleição se aproxima. Apesar disso, sua campanha segue apostando na mobilização popular e no engajamento de movimentos sociais, na esperança de reverter o cenário desfavorável.
O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, candidato à reeleição pelo MDB, ocupa a terceira posição na pesquisa, com 21,4% das intenções de voto. Nunes, que assumiu o cargo após a morte do ex-prefeito Bruno Covas, tem enfrentado desafios em manter sua popularidade diante de uma cidade que ainda lida com os efeitos da pandemia e questões econômicas. Sua campanha busca consolidar o apoio de setores mais conservadores e de eleitores satisfeitos com a continuidade de políticas públicas implantadas durante sua gestão.
Em uma posição mais distante, a deputada federal Tabata Amaral, candidata pelo PSB, aparece com 8,2% das intenções de voto. Tabata, que despontou como uma jovem promessa da política nacional, tem enfrentado dificuldades para conquistar o eleitorado paulistano. Sua campanha, centrada em educação e inovação, tenta atrair eleitores mais jovens e moderados, mas o crescimento de sua candidatura tem sido lento, ficando atrás dos três principais concorrentes.
O apresentador José Luiz Datena, que ingressou na corrida eleitoral pelo PSDB, registra 3,3% das intenções de voto. Embora Datena tenha um nome de grande reconhecimento por seu trabalho na televisão, sua campanha ainda não conseguiu deslanchar, e ele se encontra distante dos líderes da disputa. Datena tem buscado se posicionar como uma alternativa para eleitores insatisfeitos com a política tradicional, mas até o momento, seus esforços não parecem suficientes para garantir uma posição de destaque.
Fechando a lista dos candidatos mais mencionados na pesquisa, a economista Marina Helena, do partido Novo, aparece com 3,1% das intenções de voto. Defensora de pautas liberais e de uma política econômica mais austera, Marina Helena enfrenta o desafio de conquistar eleitores em uma cidade onde essas ideias ainda encontram resistência. Sua campanha aposta no discurso de gestão eficiente e no combate ao desperdício de recursos públicos, mas até agora seus números permanecem baixos.
A pesquisa foi realizada entre os dias 28 de setembro e 2 de outubro, e reflete o cenário atual da disputa eleitoral em São Paulo. Com a proximidade do primeiro turno, marcado para o próximo domingo, os resultados indicam uma consolidação das tendências vistas nas semanas anteriores, com Marçal se mantendo à frente e Boulos tentando reduzir a diferença. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, o que significa que, embora as posições dos candidatos estejam relativamente claras, ainda há espaço para mudanças no cenário, especialmente considerando os indecisos e o impacto de possíveis eventos de última hora.
A campanha de Pablo Marçal tem sido marcada por um discurso de mudança e renovação política, algo que parece ressoar com uma parte significativa do eleitorado. Marçal, que ficou conhecido por suas palestras motivacionais e sua carreira de empresário, promete trazer uma abordagem mais pragmática e eficiente à administração pública. Seus adversários, no entanto, questionam sua falta de experiência política e sua capacidade de lidar com os desafios complexos de uma cidade como São Paulo.
Já Guilherme Boulos, com um histórico de militância e liderança em movimentos sociais, foca sua campanha na defesa de direitos sociais e na redução das desigualdades. Seu apelo junto aos eleitores de esquerda e progressistas é evidente, mas ele enfrenta dificuldades em ampliar sua base para além desse nicho. A disputa entre Marçal e Boulos pode se intensificar nos próximos dias, à medida que ambos buscam garantir uma vaga no segundo turno.
Ricardo Nunes, por sua vez, tenta capitalizar o apoio de eleitores que desejam estabilidade e continuidade administrativa. No entanto, sua gestão tem sido alvo de críticas em áreas como segurança pública e mobilidade urbana, o que pode explicar a dificuldade em avançar nas pesquisas. Nunes precisará de um desempenho excepcional nas urnas para garantir sua permanência na disputa.
Com o primeiro turno cada vez mais próximo, a expectativa é de que as campanhas se intensifiquem nos próximos dias, com os candidatos buscando conquistar os eleitores indecisos e ampliar suas bases de apoio. O cenário indica que a disputa pela Prefeitura de São Paulo será acirrada, especialmente entre Marçal e Boulos, que parecem ser os principais concorrentes pelo comando da maior cidade do Brasil.