Uma nova pesquisa eleitoral realizada pela Prefab Future foi divulgada, trazendo surpresas para a corrida à Prefeitura de São Paulo. Os resultados apontam um empate técnico triplo entre os candidatos Ricardo Nunes, Pablo Marçal e Guilherme Boulos, todos dentro da margem de erro de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos. No entanto, o que chamou a atenção foi o fato de Pablo Marçal aparecer numericamente à frente, liderando a pesquisa com 22,5% das intenções de voto.
Logo atrás de Marçal, Guilherme Boulos aparece com 22,1%, enquanto o atual prefeito Ricardo Nunes registra 21,2%. A margem de erro garante que, estatisticamente, os três candidatos estão em uma disputa acirrada, configurando o chamado empate técnico. Esse cenário traz ainda mais incertezas para a definição do próximo prefeito de São Paulo, especialmente considerando que a eleição se aproxima e o quadro parece cada vez mais competitivo.
Apesar da proximidade entre os três primeiros colocados, a pesquisa revelou outro dado relevante: 14,7% dos eleitores paulistanos ainda estão indecisos. Isso representa uma fatia significativa do eleitorado que pode ser decisiva no resultado final da eleição. Com tantos votos ainda em disputa, as campanhas de todos os candidatos devem intensificar suas estratégias nos últimos dias que antecedem a votação.
Marçal, que desponta numericamente na liderança, não perdeu tempo em comentar os resultados da pesquisa. Em suas redes sociais, o candidato fez uma postagem provocativa, sugerindo que os números podem estar sendo ajustados para favorecer outros candidatos. "Tão ajustando a pesquisa!", escreveu Marçal, deixando no ar uma crítica ao processo de levantamento de intenções de voto. A declaração repercutiu entre seus seguidores, gerando discussões acaloradas sobre a credibilidade dos institutos de pesquisa e o cenário político atual.
O contexto da eleição em São Paulo é marcado pela polarização e pela diversidade de candidaturas. Além dos três líderes, a pesquisa Prefab Future também indicou as posições de outros candidatos. Tabata Amaral, do PSB, aparece em quarto lugar, com 9% das intenções de voto. Embora distante dos primeiros colocados, Tabata ainda possui uma base sólida de apoiadores e tenta se posicionar como uma alternativa aos candidatos que dominam a disputa. Já José Luiz Datena, do PSDB, aparece com 3,7%, uma posição bem abaixo das expectativas de seu partido, que tem apostado na popularidade do apresentador de televisão para conquistar eleitores.
Entre os outros nomes que figuram na pesquisa estão Marina Helena, do Partido Novo, com 0,7%; Ricardo Senese, da Unidade Popular, com 0,6%; João Pimenta, do PCO, com 0,3%; Altino Prazeres, do PSTU, com 0,2%; e Bebeto Haddad, do Democracia Cristã, com 0,1%. Esses candidatos, embora com pouca expressão nas pesquisas, continuam apresentando suas propostas e buscando conquistar o eleitorado que ainda não se decidiu.
A pesquisa foi realizada entre os dias 30 de setembro e 3 de outubro, com entrevistas presenciais conduzidas com 1.500 eleitores paulistanos. O estudo foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número de identificação SP-01281/2024, garantindo sua legalidade e transparência no processo de coleta de dados. Esses levantamentos são ferramentas importantes para medir o humor do eleitorado e direcionar as campanhas, mas, como muitos analistas políticos apontam, os números podem mudar rapidamente à medida que a eleição se aproxima e os candidatos intensificam seus esforços de comunicação.
O cenário eleitoral em São Paulo tem se mostrado imprevisível. Com uma margem tão estreita entre os três primeiros colocados e um número expressivo de indecisos, o resultado da eleição permanece uma incógnita. Além disso, o clima de polarização política no Brasil, especialmente nas grandes cidades, pode influenciar diretamente o comportamento dos eleitores, que tendem a tomar decisões nos últimos momentos antes do pleito.
Marçal, que tem se posicionado como um outsider na política e tem atraído uma base considerável de eleitores com seu discurso de renovação, precisa manter o ímpeto de sua campanha se quiser converter sua liderança numérica em votos concretos nas urnas. Por outro lado, Boulos e Nunes, com suas respectivas trajetórias políticas, também têm muito em jogo nesta reta final, especialmente o atual prefeito, que busca a reeleição.
Enquanto as campanhas entram em sua fase decisiva, os próximos dias serão cruciais para que cada candidato consiga conquistar os indecisos e garantir o apoio necessário para vencer a eleição. A divulgação de novas pesquisas também pode influenciar os rumos da corrida eleitoral, mas a decisão final estará nas mãos dos eleitores paulistanos, que terão a responsabilidade de escolher quem comandará a maior cidade do país pelos próximos anos.
Com o cenário ainda aberto e a disputa extremamente acirrada, os eleitores acompanham com atenção as movimentações políticas e as propostas apresentadas, à espera de que seus candidatos favoritos mostrem porque merecem governar São Paulo.